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Uma fonte petista sustenta que, em pouco tempo, o pP do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do senador Ciro Nogueira, presidente do partido, deve indicar um ministro, ou até dois ministros, para o governo de Lula da Silva, do PT.

Consta que, nos bastidores, Arthur Lira estaria tentando convencer Ciro Nogueira de que o pP, para se manter forte nos Estados, precisa compor, de vez, com a gestão de Lula da Silva. O senador do Piauí continuaria resistindo, optando por ficar na oposição.

Porém, ante o fato de que vai disputar a reeleição em 2026, e não tem praticamente nada para oferecer aos seus representados no Piauí, é bem provável que Ciro Nogueira recue e, aceitando a pressão amiga, adira ao governo de Lula da Silva.

Alexandre Baldy: aliados dizem que a Agehab é pequena para o ex-ministro | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção

O núcleo político da gestão de Lula da Silva avalia que as resistências ao governo petista no Congresso Nacional derivam, em larga medida, da força do pP. Com o partido no governo, sobretudo com gente de Arthur Lira e Ciro Nogueira em cargos relevantes, a resistência diminuirá, ficando tão-somente concentrada nos grupos bolsonaristas. Comenta-se, inclusive, que, se o ex-presidente Jair Bolsonaro for preso — poucos deputados e senadores acreditam que não será —, até parte do PL vai buscar uma composição, por uma questão de sobrevivência política, com o governo federal.

O petista ouvido pelo Jornal Opção sugere que, nas conversas com o núcleo político que cerca Lula da Silva, a partir de dois ministérios — um deles o operado por Alexandre Padilha, das Relações Institucionais (é respeitado pelo Centrão) —, já há inclusive um nome escolhido para assumir um ministério. Trata-se do ex-deputado federal Alexandre Baldy, presidente do pP em Goiás.

No momento, Alexandre Baldy é presidente da Agência Goiana de Habitação (Agehab), subordinada ao governador de Goiás, Ronaldo Caiado, do União Brasil. Baldy estaria insatisfeito com o cargo, por considerá-lo de pequena envergadura, por isso, se indicado, aceitará, de imediato, a chefia do ministério.

Baldy viaja muito, mantém contatos em outros Estados, como São Paulo, e circula com alta frequência em Brasília — onde troca figurinhas com Arthur Lira e Ciro Nogueira, que o tratam como se fosse um irmão caçula — e por isso a Agehab estaria sendo operada por um político de Anápolis. (E.F.B.)