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Salma Saddi é conhecida em Brasília como “o exército de uma só mulher”. Superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Goiás, é atuante, gere bem os recursos e sua equipe. Por sua atuação suprapartidária — a defesa do patrimônio histórico pode até ser política, no melhor sentido do termo, mas não deve ser partidarizada —, é respeitada por líderes políticos e gestores públicos de todos os partidos. Entretanto, o deputado federal Rubens Otoni (PT) impôs-se uma missão: retirá-la do cargo — seria “técnica demais” e “avessa” a controle partidário — e substitui-la por sua aliada e assessora de longa data Kátia Maria dos Santos.

A professora Kátia Maria dos Santos é apontada como uma pessoa articulada e íntegra, mas sem experiência na área de preservação do patrimônio histórico. Ressalve-se que, por atuar há vários anos ao lado de Rubens Otoni, tem experiência política. Resta saber se isto basta para gerir o Iphan.

Uma fonte de Brasília frisa que Rubens Otoni quer ocupar toda a estrutura do Iphan em Goiás, que é ampla e tem alguns cargos.