Representantes do agro goiano buscam aproximação do grupo de transição de Lula

27 novembro 2022 às 00h09

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A resistência do setor agropecuário ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está diminuindo e parte disso se deve aos sinais que o grupo de transição tem enviado aos representantes. Na última semana, a vice-presidente da Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA), Carolina Pereira (Republicanos), e Rodrigo Zani – participante do manifesto Agro pela Democracia – se encontraram parte da equipe escalada pelo PT para transição.
Os goianos foram recebidos por membros do setor agropecuário na equipe de transição do presidente eleito, entre eles a ex-ministra Marina Silva, o deputado federal e ex-ministro Neri Geller (PP-MT) e o senador Carlos Fávaro (PSD-MT). O foco inicial do encontro foi inserir o agronegócio goiano nas negociações que são feitas dentro do grupo. Mas também serviu para abrir um canal de diálogo e aproximação com o governo que assumirá em janeiro de 2023.
“O agro sempre teve uma preocupação em relação à invasão de terras. Mas quando cheguei e conversamos com o grupo, sentimos que eles têm um tom menos radical e que, na verdade, querem trazer os seguimentos para o lado deles. Querem ouvir todo mundo, saber as demandas. A sensação é de que querem se aproximar e que precisam do agro”, pontuou Carolina Pereira.
A vice-presidente da SGPA, relata que os integrantes do grupo de transição mostraram interesse em ouvir os goianos ligados ao agronegócio, solicitaram dados sobre grandes, médios e pequenos produtores rurais. Também foram apresentadas as preocupações ambientais, sobre aliar a produção agrícola com o meio ambiente.