PT pode bancar Edward Madureira para prefeito de Goiânia. Luis Cesar é outro nome viável

26 setembro 2015 às 12h19

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A deputada estadual Adriana Accorsi é apontada pela imprensa como pré-candidata do PT a prefeita de Goiânia. Seria a candidata do prefeito Paulo Garcia. São favas contadas? Talvez não.
Parlamentar qualitativa, apesar de sua assessoria tida como “violenta”, Adriana Accorsi tem o respeito da maioria dos petistas, mas não une todas as correntes. Ao ser apresentada como a candidata “do prefeito”, da máquina, ganha a antipatia do grupo do deputado Humberto Aidar. Portanto, no lugar de unir o partido, pode desagregá-lo.
Político racional, de sopesar as posições com relativa frieza, Paulo Garcia pode optar por outros caminhos, quer dizer, por uma composição mais ampla — agora que está se afastando do PMDB (partido que está acuando o PT nacional do modo mais cruel possível).
Pertencendo ao grupo de Rubens Otoni, Aidar não une o PT e enfrenta resistência especialmente no grupo do prefeito e na tendência do ex-prefeito Pedro Wilson e da ex-deputada Marina Sant’Anna. Paradoxalmente, Aidar tem a simpatia da cúpula do PSDB. Isto pode sinalizar para uma aliança? Talvez sim; provavelmente, não.
Só dois políticos podem unir o partido na capital: o deputado estadual Luis Cesar Bueno, político moderado, e o ex-reitor da Universidade Federal de Goiás Edward Madureira. Não há resistência a nenhum dos dois nomes nas várias correntes do PT. Dos dois, Luis Cesar é o mais articulado no interior do partido e mesmo na sociedade. Porém, dado o desgaste abissal do PT, é visto como “excessivamente petista”.
Resta Edward Madureira, que, como candidato a deputado federal em 2014, sem qualquer apoio do partido, obteve 58.865 votos — um numero expressivo para quem não tinha disputado sequer uma eleição para o Parlamento.
A imagem de Edward Madureira cristalizada na sociedade é de que se trata de um gestor competente e que levou a UFG a novo patamar. Ao mesmo tempo, por não ter uma identificação profunda com o PT — filiou-se há menos de dois anos —, não absorve integralmente o desgaste do partido.
Nos bastidores comenta-se que Olavo Noleto, do grupo de Pedro Wilson mas respeitado em todas as tendências, notadamente na do prefeito Paulo Garcia, é um pré-candidato consistente.