PSD prefere Francisco Jr. na área social e não na Secretaria de Segurança Pública

11 fevereiro 2017 às 10h42

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O deputado não descarta participar do governo de Marconi Perillo, a quem aprecia como modernizador, mas quer se encaixar numa área em que possa dar sua contribuição

O deputado estadual Francisco Júnior, do PSD, diz que, no momento, um de seus assuntos prioritários é a instalação de um parque tecnológico no Parque Agropecuário de Goiânia, na Nova Vila. “Porque atrai empresas e gera empregos.” O parlamentar pretende discutir o assunto com o vice-governador José Eliton, do PSDB.
Francisco Júnior vai para o governo? O deputado é cauteloso: “Tenho o maior respeito pelo governador Marconi Perillo e pelo vice-governador José Eliton. Portanto, trabalhar com eles seria um prazer, uma maneira de aprender coisas novas e, ao mesmo tempo, acrescentar alguma coisa ao governo. Mas não está definida minha participação no governo”.
O parlamentar chegou a ser convidado para a Secretaria de Segurança Pública. Mas seus aliados frisam que “não é a sua praia”. Ele confirma: “Gosto de desafios, mas tenho consciência de que, ao assumir um cargo, preciso contribuir, e de maneira imediata, para melhorar o lugar onde estou entrando. Na Segurança Pública, é provável que o tempo seja curto para se fazer um bom trabalho.” O secretário que assumir agora e, quiser disputar mandato em 2018, possivelmente terá de deixar o governo em dezembro de 2017. “Eu preciso entrar num lugar e apresentar resultado já este ano”, destaca Francisco Júnior. O que o PSD quer para Francisco Júnior é um espaço onde possa pôr seu talento em ação. As secretarias Cidadã e Desenvolvimento Econômico, por exemplo, caem como uma luva no projeto tanto do PSD quanto no do deputado. Mas nem o deputado nem o partido estão tencionando para obter cargos.
Sobre o governo de Marconi Perillo, Francisco Júnior diz que o tucano é um político “extremamente inteligente e focado. Entre 2017 e 2018, com mais recursos e com as contas do governo ajustadas, ele fará um grande trabalho. A crise em Goiás só é menor do que no país porque Marconi fez a lição de casa em tempo hábil, produzindo um ajuste fiscal que, de tão rigoroso e preciso, se tornou exemplo para o país. Ao mesmo tempo que fez cortes, para evitar que o Estado se tornasse uma espécie de Rio de Janeiro ou Rio Grande do Sul, Marconi contribuiu para o avanço econômico e social de Goiás. Trata-se, insisto, de um político de grande visão e que terá um grande futuro na política nacional”.
Perguntado se o PSD fica na base aliada para 2018, Francisco Júnior informa: “O que posso dizer, em síntese, é que o partido é extremamente leal ao governador Marconi Perillo. Acrescento que, no momento, os líderes dos partidos estão conversando com políticos de outros partidos e que decisões não serão tomadas agora. Os políticos, todos eles, sabem que a política é assim. Todos estão reforçando a própria musculatura e tentando ampliar seus espaços. Não é diferente em nenhum partido”.
A respeito de 2018, principalmente sobre definições, Francisco Júnior afirma que segue a orientação do presidente do PSD, Vilmar Rocha. “Vamos conversar sobre 2018, sobre definições, só em 2018. Por enquanto, vamos dialogar. Nós vamos nos ‘relacionar’, criar relações, assim como os líderes dos demais partidos. Na hora agá, definiremos uma posição. O PSD tem peso político e eleitoral e está disposto a demonstrar isto.”