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Marqueteiros e pesquisadores recomendam cautela quanto ao poder miraculoso dos programas eleitorais na televisão.

Os estudiosos admitem que, se uma ideia cair no gosto popular, pode mudar o quadro político-eleitoral. Mas ressalvam que os programas no geral não são muitos diferentes. E alertam: programas histéricos, com críticas pesadas, não costumam gerar resultados positivos. Eles recomendam uma agenda positiva que desperte a atenção das pessoas.

Programas malfeitos, que não estiverem ao nível da programação das redes de televisão, inclusive em termos plásticos, podem afugentar os eleitores. Programas bem feitos, com imagens e ideias sintonizadas, costumam chamar mais a atenção.

Outro problema, segundo os marqueteiros e pesquisadores, é que se vive a era da dispersão. Há algum tempo, não existiam canais de televisão pagos, e depois nem todos podiam pagá-los. Mas agora há uma espécie de democratização e na casa da classe média baixa, e até na dos pobres, é possível verificar alguns canais pagos. O outro elemento dispersivo é a internet.

Então, os candidatos não têm que disputar apenas entre si. Eles precisam fazer muito esforço para atrair o eleitorado. Portanto, se ficar xingando ou se fizer programas malfeitos, para cumprir tabela, não conquistarão a atenção dos eleitores.