Ilézio Inácio Ferreira e Júnior Friboi: os sócios do megaempreendimento | Foto: Henrique Alves
Ilézio Inácio Ferreira e Júnior Friboi: os sócios do megaempreendimento | Foto: Henrique Alves

O desgaste do Nexus em Goiânia, gestado por irregularidades, como um Estudo de Impacto de Vizinhança supostamente falsificado — que está sendo investigado pelo Ministério Público —, pode atrapalhar, em larga medida, a expansão dos negócios da Construtora Consciente, de Ilézio Inácio Ferreira, e da JFG Empreendimentos, de Júnior Friboi, tanto em Goiás quanto em outros Estados. Reputação é fundamental para quem negociar em praças desconhecidas.

Não há a menor dúvida de que Ilézio Inácio e Júnior Friboi são empreendedores competentes. Mas os problemas com o Nexus — shopping, hotel, salas comerciais e torre corporativa — sugerem, do ponto de vista da sociedade, que os empresários não respeitam as leis. Sugerem, sobretudo, arrogância e, até, cinismo.

Ilézio Inácio precisa desenvolver a consciência de que as palavras devem ter sentido verdadeiro, não podem tão-somente enfatizar lugares-comuns, escondendo, por vezes, inconsistência e, quiçá, inconsciência. Uma construtora que tem o nome de Consciente tem o dever de trabalhar estritamente dentro das leis, com Estudos de Impacto de Vizinhança e de Trânsito absolutamente sérios e transparentes.

Os gigantes às vezes começam a cair por causa de “pequenos” problemas e deslizes (como a suposta falsificação do Estudo de Impacto de Vizinhança). Ilézio Inácio por certo lembra-se que a Encol chegou a ser a maior construtora do Brasil e uma das maiores, senão a maior, da América Latina. E quem fala da Encol hoje? Só advogados e magistrados.