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Jerônymo Siqueira (PL) assumiu a Prefeitura de São Miguel do Araguaia há sete meses e dez dias. É considerado um prefeito decente. Ele estaria tentando reformatar a gestão pública, enxugando-a, e por isso estaria enfrentando resistência de líderes políticos da cidade. Ao mesmo tempo, faz uma campanha dura contra as drogas e a prostituição (notadamente no distrito turístico Luís Alves, às margens do Rio Araguaia) — o que estaria desagradando um grupo da cidade.

“O prefeito comprou uma casa, num condomínio de São Miguel do Araguaia, por 4,5 milhões de reais. É um valor alto, mesmo para Goiânia, a capital do Estado. Há casas no Alphaville que valem menos”, frisa um político local.

De acordo com três políticos, Jerônymo Siqueira precisa explicar como arranjou dinheiro para comprar uma mansão tão cara. “É caso para CPI e para o Ministério Público investigar”, acrescenta um político.

Outro lado: a versão do prefeito

Um aliado do prefeito apresenta a seguinte versão: Jerônymo Siqueira pagou 1 milhão de reais, deu uma caminhonete Dodge no valor de 400 mil reais e vai pagar o restante em dez prestações — 100 mil cada. O valor, então, não será de 4,5 milhões. “O prefeito tem recursos suficientes para adquirir a casa. Portanto, a negociação nada tem a ver com a prefeitura”, diz.

Os três políticos cobram “esclarecimento e transparência a respeito da compra da casa”.