COMPARTILHAR

Vereador revela que há uma “guerra interna” no partido e que ainda não definição de qual será o caminho tomado pela sigla

Dois fatos escancararam o racha existente dentro do Podemos. A divisão do partido ficou clara durante a votação da PEC dos Precatórios. Na primeira votação, a sigla foi a favor da PEC. Na segunda, apresentou requerimento contra à Proposta. Pra fechar, quando foi votado o mérito, a bancada foi liberada para que parlamentar um votasse como quisesse, mas, quase na hora de abrir o painel para revelar os votos, a sigla acabou por encaminhar o voto contra.

A filiação de Sergio Moro ao partido, marcado para o próximo dia 10 de novembro, não é bem vista por todos. Natural em um partido do tamanho do Podemos. Mas a resistência pode atrapalhar os projetos da sigla.

O vereador Ronilson Reis se tornou a voz da resistência em Goiás. A impressão que ele tem, é de que a filiação do ex-ministro da Justiça foi uma atitude unilateral, tomada pela presidente nacional da sigla, Renata Abreu. “Eles querem lançar uma terceira via. Eu já declaro que não apoio o Sergio Moro. Meu candidato a presidente é Jair Bolsonaro (sem partido). Pode o partido caminhar junto com Moro, mas eu não vou”, disse o vereador, ao apontar que um grupo de correligionários compartilham da mesma posição.

Por outro lado, já se especula que o presidente do partido em Goiás, José Nelto, deve ser o coordenador de campanha de Sergio Moro no Estado. A possibilidade é forte.

“Em Goiás há uma disputa, tem o José Nelto que não sabe se sai ou se fica. O partido ainda não sabe se vai andar com Caiado ou com Mendanha. O partido está sem uma definição. Há uma guerra interna. Em goiás e ninguém sabe que caminho tomar” enfatiza o vereador, que declara apoio a Gustavo Mendanha e reafirma que não vai deixar o Podemos.