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Marqueteiros e jornalistas ligados à campanha de Vanderlan Cardoso espalharam boatos a rodo, na semana passada, insinuando que o candidato do PSB havia crescido nas pesquisas de intenção de votos — obviamente, nunca apresentadas, e os institutos, nunca revelados — e estaria se aproximando do candidato do PMDB, Iris Rezende. O objetivo, na pratica, é tentar forçar um crescimento de Vanderlan, menos para superar o peemedebista, consolidado em segundo lugar, e muito mais para tentar garantir o segundo turno. É provável que, se Vanderlan não crescer, Marconi seja eleito no primeiro turno.

O Jornal Opção ouviu pesquisadores e pediu que examinassem pesquisas cuidadosamente, para verificar se detectavam o suposto “crescimento” de Vanderlan Cardoso. Um dos pesquisadores chegou a brincar: “A onda Marina Silva, se pegou Vanderlan, deu-lhe um ‘caldo’”.

Os pesquisadores são unânimes em afirmar que, se existisse uma onda Vanderlan Cardoso, ao estilo da onda Marina Silva, ela deveria ter ocorrido logo após o crescimento da candidata do PSB a presidente da República — o que mostraria sintonia entre as candidaturas local e nacional.  Mas isto não ocorreu: Marina Silva não está “puxando” Vanderlan Cardoso.

Um dos pesquisadores é enfático: “Não existe onda Vanderlan e, do ponto de vista eleitoral, Antônio Gomide, do PT, está mortíssimo”.

Um terceiro pesquisador é peremptório: as pesquisas sinalizam dois quadros. Uma vitória do governador Marconi Perillo no primeiro turno ou, então, uma disputa entre o tucano-chefe e Iris Rezende no segundo turno. “Parece que é definitivo: se houver segundo turno, Vanderlan Cardoso estará fora do jogo.”

É fato que, ao menos na Grande Goiânia, Vanderlan não vai muito mal, com números entre 13% e 15%. Porém, no interior, o candidato do PSB é uma espécie de grande ausência. O resultado é que, no somatório geral, o empresário não passa de 7% a 8%. Pode mudar? Pode. Porém, por enquanto, o quadro permanece inalterável.