"O que eu peço ao cidadão goiano é que faça sua própria pesquisa e vai ver números divergentes dos divulgados ultimamente", disse Vanderlan Cardoso | Foto: Reprodução
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Na semana passada, um repórter do Jornal Opção entrevistou um dos mais gabaritados pesquisadores de Goiânia e, sobre a proteção do anonimato — para não perder clientes —, fez uma análise dos motivos pelos quais o pré-candidato a prefeito de Goiânia pelo PSB, Vanderlan Cardoso, depois de uma expectativa positiva, não deslanchou, permanecendo bem atrás, nas pesquisas de intenção de voto, de Iris Rezende, do PMDB, e de Waldir Delegado Soares, do PSDB.

Frisa o pesquisador: “É preciso considerar que os eleitores, ao contrário dos políticos e dos jornalistas, não estão mobilizados. Não há, a rigor, uma campanha e a pré-campanha, que vai se tornar uma campanha, ainda é morna, porque não há o contraditório, o choque de ideias. Portanto, é preciso redimensionar a história de quem está na liderança, na vice-liderança e quem, como Vanderlan Cardoso, aparece em terceiro lugar. Em suma, os eleitores ainda não estão avaliando os nomes”.

Sobre Vanderlan Cardoso, especificamente, o pesquisador afiança que há vários problemas. “Ele saiu de uma oposição aguerrida para uma adesão intempestiva ao governador Marconi Perillo, do PSDB. Fica-se com a impressão de que, até agora, seu eleitor, que mantém certa independência em relação ao governador do Estado, não entendeu o que aconteceu e é provável que o esteja debitando na cota dos adesistas, dos oportunistas e arrivistas”.

“Vanderlan mudou de partido algumas vezes, mudou de cidade [era de Sendor Canedo e, agora, está em Goiânia] e, para a disputa deste ano, mudou de cargo — de governador saltou para prefeito. Ele mudou até o nariz, em 2014. O eleitor talvez fique com a impressão, que vai se firmando, de que, se necessário, o postulante do PSB muda até de nome. O que importa, aparentemente, é o poder a qualquer custo. O eleitor pode estar apreendendo-o, neste momento, como um político tradicional e não mais como o político que se apresentava e parecia diferente”, disseca o pesquisador.