Bastidores

Apenas dois senadores do partido votaram pela manutenção da prisão decretada pela Justiça. Uma senadora não compareceu à votação

Uma das missões do líder do PTB seria atrair recursos para o desenvolvimento do Entorno do Distrito Federal
Apontado como “o senador de Lula da Silva”, Delcídio do Amaral articulou para atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato
O empresário associou-se com um grupo de Brasília

"Se eu fosse o Paulo Garcia, já tinha colocado essa do PMDB pra correr há muito tempo", afirma o deputado estadual
O deputado estadual critica o caciquismo de Iris Rezende e sublinha que Paulo Garcia deveria abrir a caixa preta deixada pelo peemedebista-chefe
Deputados do PMDB e petistas trabalham contra visita da presidente da República
Acompanhado do presidente regional do PSD, Vilmar Rocha, o pessedista falou com o governador sobre seu projeto político e sobre as principais demandas de Nerópolis
PBM significa “Partido da Base do governador Marconi”. O presidente do PP destinou emenda para 120 municípios
O deputado petista afirma que ele e Luis Cesar Bueno não temem enfrentar Iris Rezende para prefeito da capital
O deputado estadual diz que o PT vai lançar candidato a prefeito da capital e que pode surpreender aqueles que o subestimam
O encontro sinaliza um possível armistício entre as tropas políticas de Iris Rezende e de Daniel Vilela. Os dois querem comandar o PMDB
[gallery type="slideshow" ids="52259,52260,52261,52263"] O presidente do PSD de Goiânia, Dagoberto de Menezes, é peremptório: “O partido vai lançar candidato a prefeito de Goiás. Nós temos quatro pré-candidatos qualitativos e competitivos: o deputado federal e secretário Thiago Peixoto, o secretário das Cidades, Vilmar Rocha, e os deputados estaduais Virmondes Cruvinel e Francisco Júnior. Não é um time — é uma seleção. A orientação do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, é para lançar candidato a prefeito em todas as capitais”.

[caption id="attachment_52308" align="alignright" width="620"] Michel Temer, Daniel Vilela e Iris Rezende: o vice-presidente quer uma convivência harmoniosa entre o novo e o histórico, mas sua opção é por quem tem voto, como o deputado[/caption]
Vice-presidente da República e poderoso chefão do PMDB, Michel Temer está preocupado, no momento, com a possibilidade de suceder a presidente Dilma Rousseff, que pode sofrer impeachment. O peemedebista-chefe encomendou um plano de governo, elaborado por economistas — entre eles o ex-ministro Delfim Netto —, o qual tem sido elogiado por liberais e por revistas e jornais, dado o que chamam de “realismo”. O plano se propõe, por exemplo, a enfrentar o problema histórico da Previdência.
Portanto, a política de Goiás não está entre as principais preocupações de Temer. Porém, como tem sido procurado por políticos do Estado, com e sem mandato, avalia que é preciso dar alguma atenção à crise local, que opõe os grupos de Iris Rezende e Maguito Vilela. O líder do PMDB nacional quer valorizar o novo, como o deputado federal Daniel Vilela, mas sem menosprezar os históricos, como Iris Rezende. Por isso, depois de conversar com Daniel Vilela, vai conversar com Iris Araújo — e, se quiser ir junto, Iris Rezende — nesta semana.
Discreto, agindo no seu timing e sem absorver a “pilha” de aliados regionais, Temer não explicita publicamente, mas, em conversas reservadas com aliados goianos, comenta que o PMDB de Goiás vai mal, muito mal. Em Brasília é assim: quem não tem mandato de deputado federal e senador tem menos importância. A força do PMDB no Congresso Nacional e no governo da presidente Dilma Rousseff advém de sua imensa bancada no Senado e na Câmara dos Deputados. Ao examinar o resultado eleitoral de 2014, Temer notou que, dos 17 deputados federais eleitos por Goiás, apenas dois são do PMDB — Daniel Vilela e Pedro Chaves, ambos ligados ao prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela, e nenhum ao grupo de Iris Rezende. O PMDB, além de não ter nenhum dos três senadores, contribuiu para eleger Ronaldo Caiado, que é do DEM e adversário do governo federal.
Mesmo sem menosprezar os históricos, como Iris Rezende, de 82 anos, o objetivo de Temer é prestigiar quem tem voto e, assim, envia representantes para Brasília, para fortalecer o PMDB nacionalmente. Eis a verdade; o resto é fuxico de botequim.

[caption id="attachment_29785" align="alignright" width="620"] Foto: Renan Accioly[/caption]
O PMDB de Goiás está amplamente fracionado. De um lado, Iris Rezende, político de 82 anos, que não ganha uma eleição para o governo do Estado desde 1998 — embora já tenha disputado três vezes —, e, de outro, o deputado federal Daniel Vilela, corajoso e atento.
Daniel Vilela pretende ser o presidente da comissão provisória do PMDB. Seu objetivo é garantir eleições limpas, não viciadas, para o Diretório Estadual do partido.
Mas há possibilidade de se indicar um tertius, o deputado federal Pedro Chaves. Trata-se de um político moderado, que, embora aliado de Daniel Vilela e de certo desconforto com o caciquismo de Iris Rezende, não tem contencioso incontornável com o irismo. É palatável para todos os grupos e, por isso, pode ser, como alguns o chamam, o “presidente do consenso”.
Depois de cinco mandatos consecutivos — daí ser chamado de “rei do Nordeste goiano” —, Pedro Chaves não deve ser candidato a deputado federal em 2018. Político autenticamente municipalista, pretende disputar mandato de senador ou ser vice de Daniel Vilela. Este almeja disputar o governo de Goiás.