Bastidores
Tese de Francisco Gedda: “Karlos Cabral (PT), mesmo com muita dificuldade, vai ser reeleito deputado estadual, o que é positivo para o Legislativo, uma vez que é atuante e crítico”.
Gedda frisa que Karlos Cabral é um político consistente, propositivo e ético. “Rio Verde certamente vai elegê-lo.”
O vereador tucano Fernando Cunha, de Anápolis, decidiu não apoiar Onaide Santillo para deputada estadual. Ele coordena o palanque de Eliane Pinheiro, do PMN.
Eliane Pinheiro trabalhou durante anos com o avô de Fernandinho, o falecido Fernando Cunha, que foi deputado federal e secretário do governo de Marconi Perillo.
O PSD é curioso: tem dois deputados atuantes, Vilmar Rocha e Thiago Peixoto. Os dois também foram eficientes como secretários do governo de Marconi Perillo. No entanto, os prefeitos do partido fazem administrações consideradas pífias.
Juraci Martins, de Rio Verde, fez uma gestão competente no primeiro mandato. No segundo, parece que cansou-se da cidade e de seus moradores. Sua administração arrasta-se em campo, como a seleção brasileira que jogou contra a Alemanha na Copa do Mundo. É uma das mais frágeis e sem criatividade de Goiás. Juraci está perdendo de 10 a 0. Fica-se com a impressão de que Juraci Martins tomou gosto mesmo foi pelas vaias.
O prefeito de Formosa, Itamar Barreto, aproximando-se dos 80 anos, faz uma gestão acanhada, e apresenta a desculpa de que herdou uma dívida de quase 100 milhões de reais. De fato, um papagaio federal. Mas nenhum prefeito é eleito para ficar chorando em cima dos problemas deixados pelo antecessor. Talvez fosse o caso de Barreto renunciar e abrir espaço para alguém com mais energia. O prefeito de Luziânia, Cristóvão Tormin, deu uma melhorada, mas ainda está aquém do Célio Silveira do primeiro mandato. Falta criatividade à equipe do prefeito. Luiz Carlos Attié, de Cristalina, parece que foi acometido da maldição do segundo mandato. Ele paga salários e fornecedores e parece avaliar que administrar é apenas isto, o que, como se sabe, não é.
É possível que se os prefeitos estivessem bem, apresentando-se como exemplo positivo para a população, a situação do candidato a senador Vilmar Rocha fosse bem melhor.
O ex-prefeito de Goianésia Gilberto Naves está “quieto” em termos de eleição para governador. Mas apoia Daniel Vilela (PMDB) para deputado federal e Renato de Castro, do PT, para deputado estadual.
Gilberto é um político da mais alta qualidade. É moderno e culto. Mas, como Iris Rezende só fala de bois, soja, asfalto e mutirão, é difícil estabelecer um diálogo civializado.
Candidato a deputado federal, Daniel Vilela trabalha, em tempo integral, para derrotar o ex-peemedebista Thiago Peixoto em Catalão.
Adib Elias, ex-prefeito de Catalão, apoia Daniel Vilela. Há quem diga que atrapalha. O fato é que, embora arrogante e grosseiro, Adib Elias ainda tem alguma força política no município.
Se Marcos Abrão for eleito deputado federal, é quase certo que o PPS vai bancá-lo para a disputa da Prefeitura de Goiânia em 2016.
Marcos Abrão, sobrinho da senadora Lúcia Vânia, fez um excelente trabalho na Agência de Habitação de Goiás. O governo Marconi Perillo, às vezes econômico nos elogios, sempre diz que o jovem executivo foi um de seus mais qualificados e eficientes auxiliares.
O deputado estadual Helio de Sousa (DEM) trabalhou, com extrema energia, pela aprovação das contas do ex-governador Alcides Rodrigues (PSB). Mas tucanos conseguiram segurá-lo.
É provável que a família de Otávio Lage só vai apoiar mais uma eleição de Helio de Sousa. Desconfia-se, em Goianésia, de sua lealdade política.
A impressão é que Vanderlan Cardoso, Antônio Gomide e os “nanicos” são candidatos a prefeito de Goiânia. Suas campanhas têm foco quase só na capital. Motivo: falta de estrutura financeira e de bases partidárias no interior.
Mesmo com a possibilidade de pressões de setores evangélicos, o candidato do PSB a governador de Goiás, Vanderlan Cardoso, não vai substituir seu vice, o professor e empresário Alcides Ribeiro Filho.
Vanderlan Cardoso é tido como homem de palavra. Ele está certo quando afirma que não se envolve vida pessoal de seus aliados políticos. E, depois, o meio político é extremamente maledicente e quase sempre comete os maiores exageros.
Um peemedebista diz que tem um dossiê prontinho, dos mais explosivos, sobre um aliado do candidato do PSB a governador de Goiás, Vanderlan Cardoso.
O dossiê não atinge Vanderlan Cardoso. Mas, se divulgado, fere mortalmente a candidatura de seu aliado.
No fundo, em termos de conteúdo, o dossiê é irrelevante. Mas, ainda assim, é explosivo. Ele foi produzido em Aparecida de Goiânia.
De um tucano da jovem guarda: “Antônio Faleiros deve ser eleito deputado federal porque trabalha em tempo integral, tem propostas para melhorar a qualidade de vida do povo e gosta de fato de política”.
Faleiros é sempre identificado, no interior e em Goiânia, como o secretário que qualificou o atendimento nas unidades de saúde do governo do Estado, notadamente em Goiânia.
Candidato a deputado federal, Giuseppe Vecci tem dito ao eleitorado que não quer ser “mais um” em Brasília. Ele quer levar para a Câmara dos Deputados sua experiência na área de planejamento.
Economista, com formação rigorosa, e gestor pragmático, Vecci se tornou político, dos que disputam eleição, mas sem perder a imagem de técnico exigente — daqueles que focam em resultados.
Auxiliares de Vecci, tecnopolítico que trabalha cerca de 15 horas por dia, às vezes ficam exaustos. Não dão conta de acompanhar seu pique.
“Todo mundo diz que campanha tem de ser um caos. Eu não concordo. Campanha pode ser pensada, organizada e planejada. Tudo o que é bom pode melhorar”, afirma Vecci — cujo slogan é: “Um voto de qualidade”.
O governador Marconi Perillo e José Eliton estão fazendo campanha “dobrada”, cada um para um lado.
O discurso de José Eliton (PP), firme e conectado com a realidade, tem agradado a militância e o eleitorado. Ele conquistou a base aliada. O jovem é visto como inteligente e articulado.
O governador Marconi Perillo inaugura no domingo, 17, em Trindade, o comitê da deputada federal Flávia Morais (PDT), candidata à reeleição.
Flávia Morais, que tem uma formidável capacidade de trabalho, ao lado de seu marido, George Morais, tem contribuído para fortalecer a campanha do governador.
O PT desistiu de inaugurar o comitê de Dilma Rousseff em Goiânia. Após a morte de Eduardo Campos, na quarta-feira, 13, o presidente Valdi Camarcio diz que o partido deu o comitê por inaugurado.
A vinda de Dilma Rousseff a Anápolis, recentemente, quando não tirou uma foto sequer com Antônio Gomide, praticamente descarta outra visita a Goiás na campanha.
Tudo indica que nem Antônio Gomide, o candidato petista a governador, nem Iris Rezende empolgam a presidente.