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Faltam apenas 5 meses para o início do próximo ano eleitoral. Contudo, as movimentações de quem tem intenções de estar no pleito de 2026 já acontecem desde 2024. E não é incomum que servidores sem mandato, como secretários e auxiliares do governo e de prefeituras, usem das bases nas quais estão inseridos para “alavancar” as negociações em torno de seus projetos.

Mas se por um lado esse tipo de movimentação “esquenta o páreo” e faz com que o pré-candidato já chegue forte para a corrida eleitoral, por outro lado, a função para a qual foi designado no Poder Público corre o risco de ficar em segundo plano, o que afeta diretamente a população.

Esse parece ter sido o receio do prefeito de Aparecida de Goiânia, Leandro Vilela, ao convocar uma reunião com seu secretariado no início deste mês de julho. Conforme apurado pela coluna Bastidores, os auxiliares de todas as pastas da gestão municipal tiveram que participar do encontro para ouvir um recado claro e direto do chefe do Executivo municipal: aqueles com intenções eleitorais devem deixar isso em segundo plano e manter o foco no trabalho de sua respectiva pasta, sob risco de ficar fora do jogo.

Vilela estaria, assim, não vetando as pretensões eleitorais de seus secretários, mas deixando claro que os esforços devem girar em torno da gestão da cidade, e não das articulações políticas (algumas delas já iniciadas).

A gestão aparecidense já contaria com alguns nomes que não escondem seu desejo de se candidatar em 2026. Um deles seria o titular da Secretaria de Articulação Política, Vanilson Bueno, que deve se lançar a deputado estadual.

Circula nos bastidores que outros, mesmo sem declarar publicamente, também devem estar no pleito, como o ex-deputado estadual e atual secretário de Cultura de Aparecida, Marlúcio Pereira, que pode tentar um retorno à Assembleia Legislativa, e o vice-prefeito João Campos, que pode concorrer novamente a uma cadeira na Câmara dos Deputados, Casa da qual já fez parte. (T.P.)