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Falta menos de um ano para a eleição que vai definir o próximo presidente do Brasil e, dada a conjuntura, pode-se dizer que o único pré-candidatura da direita que trabalha livremente para viabilizar seu nome é o governador Ronaldo Caiado.

Aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas ao mesmo tempo independente de seu eleitorado e de sua “bênção” para disputar o pleito, Caiado foi o primeiro dos governadores a anunciar a pré-candidatura ao Planalto e tem calculado milimetricamente seus passos para crescer nas pesquisas.

Os acontecimentos nacionais recentes, apesar de problemáticos, acabaram por ser um “presentão” para o goiano. Isso porque jogaram os holofotes justamente sobre a “espinha dorsal” e ponto mais forte de seu projeto, a segurança pública, acabando com o “voo livre” de Lula que teve melhora na popularidade após o encontro do Donald Trump.

Dados do Google mostraram que as pesquisas pelo nome de Ronaldo Caiado aumentaram após a operação no Rio de Janeiro que terminou com 120 mortos. Cresce, a cada dia que passa, a percepção da população de que uma solução para a questão da criminalidade é urgente e, consequentemente, as atenções acabam se voltando para aquele que não só diz ter um projeto eficaz nessa direção, mas que expõe exemplos práticos no Estado que governa que esse projeto, de fato, funciona (os índices de criminalidade de Goiás estão entre os menores do Brasil).

Segundo apurado pela coluna Bastidores, Caiado não deve ter mais agendas internacionais enquanto governador e deve intensificar (ainda mais) agendas da pré-candidatura voltadas a projetar nacionalmente os bons resultados da política de segurança pública implementada em Goiás.

A tendência, com as movimentações, é que o Consórcio da Paz, por exemplo, criado após a Operação Contenção, no RJ, apesar de embrionário, passe a ser cada vez mais vinculado a Caiado e as ações tomadas em Goiás no combate à violência e criminalidade. As ações e reuniões que originarem do consórcio devem potencializar o discurso de Caiado sobre expertise na segurança pública.

Coincidiu, também, a tramitação da PEC da Segurança Pública – proposta do governo federal que, extraoficialmente, passou a ter Caiado como principal porta-voz da oposição para aperfeiçoá-la e alterá-la. (T.P.)