O mensaleiro João Paulo Cunha diz que é advogado de Afrêni Gonçalves

11 dezembro 2016 às 12h19

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Depois de ter cumprido pena numa penitenciária, o petista, ecumênico, disse à revista Veja que advoga para petistas e tucanos
O ex-presidente da Câmara de Deputados João Paulo Cunha foi condenado, em 2012, a seis anos e quatro meses de prisão, sob acusação de peculato e corrupção passiva. Ele era um dos principais envolvidos no mensalão, espécie de pai quase-pobre do petrolão. Cumprida a pena, formou-se em Direito e está advogando. Na edição da “Veja” que chegou às bancas no domingo, 11, concedeu entrevista para as Páginas Amarelas, o espaço mais cobiçado da revista.

João Paulo Cunha disse que, como advogado, é ecumênico, quer dizer, não advoga apenas para petistas. Advoga também para tucanos. Suas palavras: “Já fui despachar com um desembargador representando o Afrêni Gonçalves, presidente do PSDB em Goiás”.
Afrêni Gonçalves era presidente e diretor da Saneado. Ante denúncia do Ministério Público Federal, foi afastado dos dois cargos.
Esclarecimento
A jornalista Janete Ferreira esclarece: “Como advogado, João Paulo Cunha integra o escritório de Brasília dos criminalistas Luís Alexandre Rassi e Romero Ferraz. Como faz parte dos quadros, ele despacha com um ou outro cliente, como é o caso de Afrêni Gonçalves, atendido pelos dois criminalistas goianos”.