O deputado estadual Lissauer Vieira não vai mais para o TCM. É definitivo
27 novembro 2022 às 00h00

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O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Lissauer Vieira (pode ser expulso, em breve, do PSD, se ficar provado que perseguiu militantes do partido na Alego), de acordo com um grupo de deputados, merece o “Troféu Abacaxi” de 2022. “Todas as apostas de Lissauer deram errado”, afirma um parlamentar. “Tudo que toca vira pó.”
Primeiro, Lissauer tentou ser candidato a vice-governador. Perdeu a vaga para Daniel Vilela.
Segundo, tentou ser candidato a senador. Não deu conta e desistiu. Vilmar Rocha acabou disputando, com o objetivo de fortalecer o PSD.
Terceiro, tentou aprovar uma lei, a “Lei Lissauer Vieira”, com o objetivo de conseguir aposentar Valcenor Braz, conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios, com salário integral, e, em seguida, ficar com sua vaga. Acabou desistindo do projeto de lei por dois motivos. Porque era francamente inconstitucional — segundo todos os advogados ouvidos — e Valcenor Braz, ao perceber a tetra, decidiu continuar no TCM.
Quarto, “matou” a candidatura de Virmondes Cruvinel a presidente da Assembleia Legislativa ao se apresentar como seu padrinho político. Cruvinel é apontado como um candidato “excelente”, mas Lissauer Vilela o “puxa” para baixo.
Quinto, o deputado estadual teria dito aos produtores rurais que o projeto que taxa o agronegócio só seria aprovado “passando” por cima de seu cadáver. Pois o projeto foi aprovado e Lissauer Vieira continua vivíssimo.
Por fim, a história de que Lissauer Vieira seria candidato a prefeito de Rio Verde, em 2024, parece que também “morreu”. O agronegócio tende a apostar na candidatura de Heuler Cruvinel para prefeito ou pode bancar Wellington Carrijo ou Dannillo Pereira, do PSD.
Há um grupo de produtores rurais que avalia que, na votação da taxa sobre o agronegócio, Lissauer Vieira jogou duplo. Talvez seja um equívoco. O parlamentar realmente operou contra o governo do Estado, em tempo integral. Noutras palavras, jogou pesado contra os goianos, sem entender que o presidente do Legislativo não tem o direito de agir como provável lobista.
