Mendanha não quer se alinhar com candidato a presidente e busca vice do Entorno de Brasília

31 outubro 2021 às 00h02

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O prefeito quer se filiar num partido que não lance candidato a presidente e estudar bancar Hildo do Candango ou Eurípedes Júnior para vice
Um secretário do prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (sem partido), disse a um repórter do Jornal Opção: “Nós não sabemos se é positivo um alinhamento com um candidato a presidente da República”.

Por isso, Mendanha pode não se alinhar com Jair Bolsonaro. “Ele poderia se filiar ao Podemos do deputado federal José Nelto e de Felipe Cortês ou ao PL da deputada federal Magda Mofatto. Porém, como o Podemos pode bancar o ex-ministro Sergio Moro para presidente, o político goiano já estará desconsiderado se filiar ao partido. O PL ofereceu espaço para Bolsonaro disputar a reeleição. Se for para o PL, Gustavo não deve acompanhá-lo, optando por um partido como o PSC ou até o Patriota [que já tem pré-candidato, Jânio Darrot]. Mas, se o presidente se filiar ao Progressistas, é provável que Gustavo migre para o PL. Ele tem apreço por Magda Mofatto”.
No momento, Mendanha está à procura de um vice. Como está muito mal no Entorno de Brasília — na maioria das cidades não chega a 5% das intenções de voto —, tende a bancar um político da região para acompanhá-lo na chapa. A deputada Lêda Borges (PSDB) quer ser vice, mas o prefeito resiste ao seu nome — dada a excessiva associação com Marcon Perillo. Ele quer o apoio do ex-governador, mas não de maneira ostensiva, por considerar que seu desgaste o contamina. Apoio? Sim, mas sem bancar nomes para a chapa majoritária.

Mendanha considera dois nomes para vice: Hildo do Candango (ex-prefeito de Águas Lindas) e Eurípedes Júnior (presidente nacional do Pros). O preferido, por enquanto, é Hildo do Candango (filiado ao PTB, está na base do governador Ronaldo Caiado). Mas Lêda Borges não para de “cotovelar”. “O problema do Eurípedes Júnior é que, embora seja um bom nome, tem problemas judiciais”, diz um aliado de Mendanha.
Há um porém: no meio do tucanato comenta-se que, no fundo, Mendanha ainda reluta em deixar a Prefeitura de Aparecida de Goiânia e seus milhões mensais, sobretudo por considerar que seu vice, Vilmarzinho Mariano, não joga no seu grupo. “Marconi começa a andar pelo interior não como pré-candidato a deputado federal, e sim como pré-candidato a governador. O motivo é que parece acreditar que, na hora agá, por volta dos primeiros dias de abril de 2022, Mendanha poderá jogar a toalha”, afirma um tucano de bico erado.