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O prefeito não quer apoiar a candidatura de Sergio Moro a presidente e tende a subir no palanque de Bolsonaro

Gustavo Mendanha: prefeito de Aparecida de Goiânia| Foto: Fernando Leite

O Podemos vai mesmo bancar Sergio Moro para presidente da República e adotou uma norma: todos os diretórios estaduais têm de organizar palanques para o ex-magistrado.

Por isso, o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (sem partido), não deve se filiar no Podemos. Na terça-feira, 8, em Brasília, ele terá um encontro com a presidente nacional do partido, Renata Abreu, e deve apresentar suas razões para a desistência. São dois os motivos básicos. Primeiro, ele não acredita que Sergio Moro vai emplacar como candidato e que, assim, não puxará votos para um postulante ao governo em Goiás. Segundo, grupos evangélicos preferem que declare apoio ao presidente Jair Bolsonaro. Há quem, entre os aliados, que avalie que o ex-emedebista deveria ficar neutro, sem apoiar nenhum candidato a presidente. Mas os aliados evangélicos pressionam pelo apoio a Bolsonaro.

Jorcelino Braga: articulando para Mendanha | Foto: Divulgação

Sem o Podemos, e com resistências no PL — o deputado Major Vitor Hugo, ligado a Bolsonaro, não apoia a candidatura de Mendanha, ao menos no momento —, a tendência é que o prefeito se filie ao Patriota, partido liderado em Goiás pelo empresário e marqueteiro Jorcelino Braga. O empresário e ex-prefeito de Trindade Jânio Darrot já avisou à direção do Patriota que não disputará mandato eletivo em 2022.

Entre os mendanhistas, há quem avalie que Mendanha deveria insistir com o PL e assumir de vez o apoio a Bolsonaro. Fala-se também que ele poderia se filiar ao PSC. Mas o Patriota teria saído na frente. Comenta-se também na possibilidade de se filiar ao PP (mas seria mais desejo do que realidade).