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“Eu e as torcidas do Vila Nova, do Atlético, do Goiás, do Anápolis e da Anapolina temos certeza de uma coisa: quando 2026 chegar, a chapa governista será formatada da seguinte forma: Daniel Vilela, do MDB, para governador e Gracinha Caiado, do União Brasil, e Gustavo Gayer, do PL, para o Senado”, afirma o secretário de Cultura da Prefeitura de Goiás, Ugton Batista. “Sou filiado ao PL pela graça e pelas mãos do ex-presidente Jair Bolsonaro.”

Ugton Batista disse ao Jornal Opção que, numa conversa com Jair Bolsonaro — da qual participou seu dentista em Goiânia —, ouviu com todas as letras que a prioridade do PL em Goiás não é participar de nenhuma aventura pessoal, seja do senador Wilder Morais, seja de qualquer outro. “Bolsonaro disse e reafirmou para outras pessoas que o PL goiano deve priorizar o lançamento de um candidato a senador consistente.”

De acordo com Ugton Batista, Bolsonaro sempre repetiu a mesma coisa: que iria escolher candidatos a senador a “dedo”. “Como se sabe, tenho problemas com Gayer — inclusive processo judicial. Ainda assim, sou realista e verdadeiro. Hoje, é o candidato de Bolsonaro a senador por Goiás. Porque o ex-presidente quer um senador com ‘sangue nos olhos’ em sua defesa e na defesa do bolsonarismo — o que, a rigor, Wilder Morais não faz em Brasília e na mídia nacional.”

Ugton Batista e Jair Bolsonaro: amigos e aliados políticos | Foto: Euler de França Belém/Jornal Opção

Ugton Batista frisa que o PL não é apenas seu presidente regional — Wilder Morais. “Fora Wilder, não há um político de expressão do PL que planeja bancá-lo para governador. Pelo contrário, todos os membros importantes do partido, sobretudo os prefeitos — inclusive o de Anápolis, Márcio Corrêa —, querem compor com Daniel Vilela para a disputa do governo do Estado. Veja só: Bolsonaro deve apoiar Ciro Gomes para governador do Ceará. Como se sabe, Ciro sempre criticou Bolsonaro. Já Daniel Vilela, pelo contrário, nunca criticou Bolsonaro. Por que, então, o bolsonarismo não apoiaria o pré-candidato do MDB a governador? Pelo visto, não há nenhuma restrição. O vereador Vitor Hugo, do PL de Goiânia, é favorável à aliança com o postulante emedebista. Assim como o prefeito Carlinhos do Mangão, de Novo Gama.”

“Os membros do PL precisam ser pragmáticos. Na eleição de 2024, na disputa das prefeituras de Aparecida de Goiânia e de Goiânia, o partido perdeu por falta de realismo, de não compor com legendas de ideologias semelhantes, com o União Brasil e o MDB. Se repetir o erro em 2026, aí, pelo amor de Deus, já será masoquismo”, assinala Ugton Batista.

“Veja só: em Goiás o nome forte do bolsonarismo, em termos de votos, é Gustavo Gayer. O que se poder dizer é: sem Gayer, Wilder Morais não existe. Então, acrescento: por que Gayer irá sacrificar seu imenso capital eleitoral apostando num candidato a governador que não tem carisma, não é popular e não tem apoio na capital e no interior? O prefeito mais importante do PL, Márcio Corrêa, que faz uma gestão séria e focada em Anápolis, já está com Daniel Vilela e, claro, com Gayer”, anota o secretário de Cultura.

“Insisto num ponto: o projeto político de Wilder Morais é pessoal, não é do PL, não é de Jair Bolsonaro, não é dos prefeitos, não é de Gayer, não é de Major Vitor Hugo e tampouco é dos eleitores goianos. Ele foi eleito senador na onda bolsonarista. Sem o bolsonarismo, não se elegeria vereador em Goiânia”, frisa Ugton Batista. “Nada tenho contra Wilder. Estou sendo apenas realista.”

Vários músicos sertanejos de Goiás mantêm estreita ligação com Ugton Batista. Um deles disse ao Jornal Opção: “Para nós, é Deus no Céu e Ugton na Terra”. O jovem secretário é responsável pela aproximação entre Bolsonaro e vários cantores, como Gusttavo Lima. A maioria dos artistas sertanejos estará, possivelmente, no palanque de Daniel Vilela em 2026. “Vi várias pesquisas. Os eleitores goianos querem Daniel Vilela no governo do Estado. Querem a continuidade do governo de Ronaldo Caiado. Por que nós, do PL, devemos ficar ao lado de Wilder Morais e contra os eleitores?” (E.F.B.)