Marussa Boldrin não apoia pré-candidatos do MDB em Rio Verde e Mineiros

21 janeiro 2024 às 00h33

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Não há a menor dúvida de que a deputada federal Marussa Boldrin é inteligente, eficiente e articulada. Suas movimentações políticas, no momento, tem o objetivo de costurar apoios para a disputa da reeleição em 2026, daqui a dois anos e nove meses.
Se o prefeito de Rio Verde, Paulo do Vale, do União Brasil, vai lançar seu filho, o deputado estadual Lucas do Vale, do MDB, para deputado federal, em 2026, então é natural que Marussa Boldrin monte uma estrutura com outros aliados. Ela tem razão. Não há outra saída.
O problema é que, sendo filiada ao MDB, Marussa Boldrin tem, por uma questão de fidelidade partidária, de apoiar candidatos do partido a prefeito e vereador.

Entretanto, em duas das cidades mais importantes do Sudoeste goiano, Rio Verde (que tem o quarto maior eleitorado e PIB de Goiás) e Mineiros, a parlamentar não apoia nenhum dos postulantes do MDB.
Em Rio Verde, dado o contencioso com Paulo do Vale, Marussa Boldrin não apoia a pré-candidatura do médico Wellington Carrijo e circula pela cidade com o pré-candidato do Republicanos, Osvaldo Fonseca Júnior. E dialogia também com pré-candidato do PL, Lissauer Vieira. Só não conversa com o emedebista. É o motivo pelo qual não tem condições de permanecer na presidência do MDB no município. O mais provável é que seja liberada para se filiar ao PL, mesmo antes da abertura da janela partidária, em março de 2026.
Em Mineiros, o prefeito Aleomar Rezende, do MDB, lidera as pesquisas de intenção de voto, como uma do instituto Fortiori — um dos mais relevantes de Goiás —, com folga. No entanto, no município, Marussa Boldrin não o apoia. Sua pré-candidata na cidade é a dentista Flávia Resende Vilela, conhecida como Dra. Flávia, do PL.
Nem Moby Dick nem Herman Melville são capazes de explicar: como é que alguém pode presidir um partido e só apoiar candidatos de outros partidos? Não tem lógica alguma, menos ainda a cartesiana — dirá, quem sabe, o qualificado deputado federal Baleia Rossi, presidente nacional do MDB.
De qualquer maneira, em Rio Verde está definido: Wellington Carrijo não se filiará ao União Brasil e vai ser candidato a prefeito pelo MDB. (E.F.B.)