Marquinho do Privê pode ser o candidato de consenso dos grupos empresariais de Caldas Novas

10 novembro 2019 às 00h00

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Se Flávio Canedo aceitar a vice, a candidatura do ex-deputado estadual fica ainda mais forte

Há um consenso de que, se for candidata a prefeita de Caldas Novas, a empresária Magda Mofatto (PL) pode encomendar o vestido da posse. A ressalva é que a cidade pode perder sua única representante na Câmara dos Deputados.
Pensando na questão, Magda Mofatto pode bancar seu marido, Flávio Canedo, para prefeito. O problema é que, politicamente, o presidente do PL não tem a força eleitoral da parlamentar. Ela “transfere” votos? Sim, mas pode não ser na quantidade suficiente para elegê-lo.
Portanto, se Magda Mofatto não for candidata, qual será o caminho de seu grupo político? Abre-se a possibilidade de uma composição para bancar o ex-deputado Marquinho do Privê (PSDB. O DEM está de olho gordo no seu passe político). Com Flávio Canedo na vice, a chapa fica ainda mais forte.

Marquinho do Privê, como o nome indica, integra um grupo empresarial forte na cidade e não tem arestas praticamente com nenhum grupo político. Pode ser a alternativa.
O que os eleitores de Caldas Novas não querem, de maneira alguma, é votar num candidato a prefeito que seja bancado pelo prefeito Evandro Magal. Hoje, mais do que eleger um novo prefeito, a população da cidade quer arrancar Magal da prefeitura. Embora esteja na prefeitura, investido de todos os poderes, não tem mais legitimidade para gerir Caldas Novas.
Mas experts na política de Caldas Novas contra-argumentam que, dada a força da máquina, não se pode tratar Magal como “galinha morta”. Se lançar um candidato sem desgaste, e de certo modo competitivo, certamente terá força no pleito. Um nome novo, como Joaquim Guilherme Filho, o Guilherminho, pode começar em baixa e ir crescendo. A ressalva é que, se for candidato, tende a disputar pelo MDB de Daniel Vilela. Já o médico João Osório, suposta principal aposta de Evandro Magal, “tem desgaste, sobretudo no plano pessoal-comportamental”, sugere um aliado do prefeito.
O tenente-coronel Carlos Eduardo Belelli corre por fora, sem estrutura, mas tem forte apelo popular. O discurso de “mais segurança”, dada a presença do PCC no município, agrada o eleitorado. O presidente da subseção da OAB, Andrei Barbosa, começa a colocar seu bloco na rua. O advogado ajudou a derrubar a taxa da área azul — conhecida como “Imposto Maugal”.