Iris Rezende, Waldir Delegado Soares, Jayme Rincón, Giuseppe Vecci, Vanderlan Cardoso e Luiz Bittencourt: nomes cotados
Iris Rezende, Waldir Delegado Soares, Jayme Rincón, Giuseppe Vecci, Vanderlan Cardoso e Luiz Bittencourt: nomes cotados

Na semana passada, dois dos mais qualificados marqueteiros e pesquisadores disseram ao Jornal Opção quase a mesma coisa sobre a disputa eleitoral de Goiânia. Do marqueteiro: “O surpreendente não é a liderança de Iris Rezende, que chamo de inercial, e sim que o gigante PSDB, que tem no governador Marconi Perillo o maior líder político do Estado, agora com forte presença nacional, não tem um candidato tão consistente quanto o postulante do PMDB”. Por que isto? O pesquisador sublinha que, como é forte para o governo do Estado, porque tem um nome cristalizado, exatamente o tucano-chefe, a cúpula tucana não trabalha com habilidade e de maneira antecipada o fortalecimento de um nome para a capital. O marqueteiro acrescenta: “Como está há muito tempo no poder, o que vai se transformar em desgaste ao longo do tempo, é importante que, daqui para frente, o PSDB se preocupe em criar estruturas que extrapolem o controle do governo estadual, quer dizer, precisa pensar nas principais prefeituras, como a de Goiânia, a de Aparecida de Goiânia e a de Anápolis”.

O pesquisador frisa que é preciso notar que há um outsider em Goiânia, que, mesmo filiado ao PSDB, “não” pertence ao partido e, na verdade, “a nenhum grupo político”. “A maior ameaça a Iris Rezende advém do delegado e deputado Waldir Soares. Há uma tendência a subestimá-lo, precisamente por não ter grupo e por avaliá-lo como um postulante sem conteúdo. Costuma-se dizer que o eleitor que o aprova para deputado pode não apreciá-lo para um cargo majoritário. Isto pode até ser verdade, mas é, acima de tudo, um preconceito. Se o eleitorado desistir de Iris Rezende, considerando que não se trata de um gestor criativo e moderno o suficiente para o tempo atual de Goiânia, é bem possível que arrisque com um candidato que, na sua opinião, ninguém controla. Pesquisas sinalizam que o eleitorado aprova um candidato que não é ‘controlado’ pelos políticos tradicionais e busca um caminho solo.”

O pesquisador sugere que, se o PSDB não quiser bancar Waldir Delegado Soares, porque é infenso a qualquer tipo de controle, deve se apressar e sugerir outro nome. “Quanto mais demora, à espera de discussões infindáveis e improdutivas, mais assistirá outros pré-candidatos comportando-se, de maneira antecipada, como candidatos. É o caso de Luiz Bittencourt (PTB), que é hábil, e de Waldir Soares. O partido deveria bancar logo Jayme Rincón ou Giuseppe Vecci, até para ocupar espaço e gerar debate.”

Já o marqueteiro sublinha que o fato que mais o surpreende é a “falta de pegada de Vanderlan Cardoso”. O especialista afirma que o goianiense o observa com atenção, dado o seu sucesso administrativo em Senador Canedo, “mas parece percebê-lo como um político desmotivado, sem, com o perdão da palavra, tesão”.

Quanto ao PT, o marqueteiro e o pesquisador concordam: o desgaste nacional vai derrotar qualquer candidato do partido — Adriana Accorsi, Luis Cesar Bueno ou Edward Madureira. Não tem nada a ver com o prefeito Paulo Garcia, e sim com o fato de que, numa capital, o desgaste nacional é absorvido de maneira mais intensa.