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Duas fontes ligadas a Marconi Perillo afiançam que o ex-governador planeja obter mandato em 2024. Ele será candidato a prefeito. Só falta definir a cidade.

Quatro prefeituras estão nos seus planos — Anápolis, Aparecida, Goiânia e Pirenópolis — e, de acordo com uma fonte, o tucano fará pesquisas nos municípios para verificar suas chances eleitorais, onde é mais viável.

Em Goiânia, o tucanato teria detectado que há um “vazio” político. Não há, no momento, aquele político favoritíssimo, o hors concours. “O espaço está aberto para o candidato que se apresentar como alternativa administrativa ao prefeito Rogério Cruz, que faz uma gestão arroz com feijão, aquém da gestão de Iris Rezende, por exemplo. Marconi pode-se colocar como o gestor experimentado, que foi quatro vezes governador de Goiás, e isto pode fazer a diferença”, afirma um tucano de bico erado.

A ressalva é que a rejeição de Perillo na capital continua alta, superior à de outros pré-candidatos.

Perillo estaria de olho grande também na Prefeitura de Aparecida. Porque lá está se processando o mesmo fenômeno político de Goiânia: há um vácuo político, um vácuo de poder. Nenhum dos pré-candidatos apontados deslanchou até agora. Não deixa de ser curioso que, numa pesquisa espontânea, Gustavo Mendanha apareceu em primeiro lugar, disparado. Mas, como foi prefeito por dois mandatos consecutivos, não pode disputar em 2024. Pode, por outro lado, ser candidato a vereador. (Comenta-se que teria encomendado novo parecer jurídico sobre a possibilidade de disputar a Prefeitura de Goiânia, o que é vedado pela lei, porque Aparecida e a capital goiana são cidades conurbadas. É como se Mendanha estivesse disputando, não um primeiro mandato, e sim um terceiro mandato consecutivo. Aliás, o problema central é mesmo este: não pode, tendo sido reeleito, disputar um terceiro mandato)

Veter Martins, Daniel Vilela e Vilmar Mariano: novos rumos | Foto: divulgação

Os políticos mais bem avaliados não superam 15% das intenções de voto (Gustavo Mendanha, na espontânea, aparece com mais de 30%).

No momento, em ordem alfabética, estão se colocando para a disputa os seguintes políticos, em ordem alfabética: André Fortaleza, André Rosa (Patriota), Euler Morais (MDB), João Campos (Republicanos), Marconi Perillo (PSDB), Professor Alcides Ribeiro (PL), Tatá Teixeira (Patriota) e Vilmar Mariano (Patriota).

Como Perillo entraria na disputa, com o apoio de quais grupos políticos? A tendência é que, se participar do pleito na cidade, o faça como uma espécie de outsider, com o discurso de que será um ex-governador que, como Maguito Vilela, poderá levar Aparecida a um outro patamar.

Professor Alcides só disputará a prefeitura na hipótese de Vilmar Mariano desistir da reeleição. O prefeito acredita que poderá contar com o apoio de Gustavo Mendanha, o que o tornaria um candidato competitivo. Porém, por saber que o ex-prefeito articula quatro outros nomes — André Fortaleza, André Rosa, João Campos e Tatá Teixeira —, Vilmar Mariano está cada vez mais próximo do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e do vice-governador Daniel Vilela (MDB).

André Luiz Rosa: pode ser o candidato-surpresa bancado por Gustavo Mendanha | Foto: Reprodução

Há, inclusive, a possibilidade de uma chapa com Vilmar Mariano para prefeito e o ex-deputado federal e economista Euler Morais, indicado por Daniel Vilela, na vice. Há também a possibilidade de o prefeito se filiar, em breve, ao União Brasil. Em Aparecida pode se ter a união da seguinte trindade: PT, MDB e União Brasil. E para bancar Vilmar Mariano.

Comenta-se que o candidato de Mendanha será João Campos. Mas íntimos do ex-prefeito afiançam que a grande surpresa pode ser o ex-prefeito bancar André Rosa, secretário de Finanças da prefeitura, para a disputa de 2024. “André Rosa, no tempo em que Gustavo era o prefeito, era o verdadeiro administrador da cidade. Na gestão de Vilmar Mariano, ele continua a operar a máquina, ainda que não se dê bem com o prefeito”, afirma um vereador.

Sempre atento, Perillo estaria de olho — grande — nas contradições da política de Aparecida. Mas também, de acordo com uma fonte, não perde de vista a possibilidade de disputar eleição em Anápolis ou Pirenópolis. Esta é uma cidade pequena, mas que dá visibilidade, por ser uma espécie de bairro chique — um “balneário” — de Brasília. (E.F.B.)