COMPARTILHAR

A perícia da Câmara chegou a rejeitar o pedido. Mas, ante recurso e laudo de dentista, decidiu-se pelo pagamento

Marco Feliciano: dentes novos e ideias nem tanto | Foto: Redes sociais

“O deputado Pastor Marco Feliciano tratou de dentes ou comprou uma boca nova?”, pergunta um parlamentar depois de ler a reportagem “Câmara dos Deputados paga R$ 157 mil por tratamento odontológico de Feliciano”, do jornal “O Globo”, edição de segunda-feira, 5. O furo foi do “Estadão”.

Marco Feliciano alegou, ao pedir o reembolso de 157 mil reais, que fez o tratamento para “corrigir um problema de articulação da mandíbula e de fixar coroas e implantes”. O deputado relatou ao “Estadão” que, por sofrer de “bruxismo” (rangia os dentes durante o sono”, precisou fazer o tratamento. Ele frisou que, por ser político e pastor, usa a boca “como ferramenta” de trabalho.

“Rejeitado inicialmente pela equipe técnica da área de perícia da Câmara, o pagamento foi aprovado depois de Feliciano recorrer e apresentar um laudo de seu dentista. A primeira avaliação indicava que havia problemas na prescrição dos procedimentos e que o valor do tratamento era incompatível com o preestabelecido pela Casa. Após a reconsideração, sete parlamentares da Mesa Diretora aprovaram o gasto”, conta “O Globo”.

A reportagem informa que “o pagamento do tratamento de Feliciano ocorreu porque deputados têm direito a plano médico da Caixa Econômica Federal e também podem pedir à Câmara que reembolse despesas com tratamentos médicos e odontológicos. O teto para que isso ocorra de forma automática é de R$ 50 mil — solicitações que o ultrapassam precisam ser aprovadas, como ocorreu com a do pastor”.