Maguito Vilela e Vanderlan Cardoso podem terçar forças pela Prefeitura de Goiânia

15 setembro 2019 às 00h01

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Os dois são superprofissionais e podem mudar o jogo da disputa. São rivais de peso para Iris Rezende. Sem eles, não há um peso-pesado pra enfrentar o prefeito
O futuro, já disseram, nem a Deus pertence. Portanto, se a eleição para prefeito de Goiânia vai ser disputada daqui a um ano e alguns dias, o quadro de setembro de 2019 pode não ser o mesmo de setembro de 2020. No momento, prevalece o consenso de que o prefeito Iris Rezende (MDB) vai disputar a reeleição — tendo como principais adversários Elias Vaz, do PSB, Francisco Júnior, do PSD, Adriana Accorsi, do PT, Major Araújo, do PSL, Romário Policarpo, do Patriota, Cristina Lopes, do PDT (possivelmente, porque permanece filiada ao PSDB), Talles Barreto, do PSDB, e Wilder Morais, do Pros.

Os postulantes arrolados são consistentes — alguns deles têm boas ideias para administrar Goiânia, de maneira renovadora — e, com um marketing de qualidade, podem se tornar adversários de peso para Iris Rezende. Com uma artilharia combinada — desde que não excessiva, para não “criar” a figura da vítima — e projetos que convençam a população, tais pré-candidatos darão um trabalho imenso ao decano emedebista.
Entretanto, mesmo com artilharia combinada e marketing moderno, podem acabar não sendo páreos para um peso-pesado como Iris Rezende. A tendência é que Francisco Júnior seja mais propositivo e Elias Vaz e Major Araújo se apresentem de maneira mais combatente. Porém, se errarem na dose, os eleitores podem não aprovar. Um ataque concentrado pode funcionar, desde que seja propositivo. Mas, se não for propositivo, pode-se “obter” o efeito contrário: o prefeito tende a ficar mais forte, e não mais fraco.

O excesso de candidatos — já se tem 15 pré-candidatos declarados e alguns querendo se apresentar — também pode favorecer Iris Rezende.
Há outra questão: não se pode falar que Francisco Júnior, Elias Vaz e Major Araújo, para citar apenas três, são amadores. Mas, comparados a Iris Rezende, um peso-pesado, são pesos-leves. Exceto se os eleitores estiverem mesmo buscando o novo, inclusive em termos de idade — avaliando que Iris Rezende já deu o que tinha de dar —, a situação deles pode não ser alvissareira.
Pense num banco com Cristiano Ronaldo, Messi, Mbappé e Neymar. Pensou? Pois é: em Goiânia os superprofissionais estão, por enquanto, no banco. Maguito Vilela, do MDB, é apontado como plano “A” e como plano “B” de Iris Rezende. Há quem afirme que há um acordo entre os dois e que o prefeito pode bancar Maguito Vilela para prefeito. Trata-se de um profissional e, com uma virtude, agrega mais do que o próprio Iris Rezende. Pode atrair, por exemplo, o PP do ex-ministro Alexandre Baldy e do senador Vanderlan Cardoso, porque os dois, participando de sua aliança, pode mudar o quadro de aliados para 2022 (poderiam cobrar, não a vaga de senador, e sim a de governador).

O segundo superprofissional é Vanderlan Cardoso. O empresário afirma, publicamente, que está satisfeito com o Senado, mas ele é, acima de tudo, um executivo. Em Brasília, é um entre 81 senadores — e é chegante, portanto, não é uma figura de proa. Em Goiânia, se eleito, seria o número um. E, se for bem como administrador, estaria cacifado para pleitos maiores, como o governo do Estado, por exemplo em 2026 ou 2030 (ele só tem 56 anos). Vanderlan enfrentaria Maguito Vilela, sobretudo se este for candidato com o apoio de Iris Rezende? É possível e seria um duelo de gigantes.
O terceiro superprofissional é o senador Jorge Kajuru, do Patriota. Ele é fortíssimo em Goiânia, mas não vai disputar, porque decidiu apoiar a candidatura de Elias Vaz. E vai se resguardar para disputar o governo do Estado em 2022 — contra, possivelmente, o governador Ronaldo Caiado, Daniel Vilela (ou Alexandre Baldy, ou Vanderlan Cardoso).
O quarto superprofissional é o deputado federal Delegado Waldir Soares, do PSL. Ele foi o parlamentar mais bem votado em 2018, com excelente votação em Goiânia. Pode disputar? Até pode. Mas prefere apoiar o deputado Major Araújo.