Lívio Luciano diz que Wilder pode começar como pré-candidato e terminar como não-candidato

16 agosto 2025 às 21h00

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O ex-deputado estadual Lívio Luciano aprecia política e futebol. “De manhã, leio os jornais, na internet, para acompanhar as notícias de política e de esporte. Sei até quem é o presidente do Náutico”, brinca.
Lívio Luciano diz que o jornalismo político precisa ficar atento a um fato: “Os evangélicos, seus principais líderes, estão declarando apoio à candidatura de Daniel Vilela a governador com muita antecipação. Isto significa duas coisas. Primeiro, um reconhecimento ao excelente governo de Ronaldo Caiado, com sua correção moral, trabalho para mostrar — como o Hospital Cora, para tratamento de câncer em crianças, obras de qualidade, por exemplo na área de pavimentação asfáltica —, segurança pública eficiente. Segundo, uma prova que apostam e acreditam em Daniel Vilela como forte continuador dos projetos de Caiado”.
O repórter do Jornal Opção pergunta: “O sr. avalia que Daniel Vilela pode ser eleito no primeiro turno?”
Lívio Luciano diz que vai depender do número de candidatos. “Se a oposição não se fortalecer, e não há mostras de que isto poderá acontecer, o caminho natural é Daniel Vilela ser eleito no primeiro turno. Ronaldo Caiado é bem avaliado como gestor, Daniel Vilela inspira confiança e tem o apoio de mais de 200 prefeitos, o MDB é forte em todo o Estado, assim como o União Brasil. Então, é praticamente certo que Daniel Vilela será eleito, seja no primeiro ou no segundo turno.”
A tendência, de acordo com Lívio Luciano, é que o adversário de Daniel Vilela seja Marconi Perillo. “Depois de ter sido governador quatro vezes, Marconi dirá o quê aos eleitores? Renovação não é mais. Morando fora de Goiás, sabe pouco sobre o Estado e seus moradores.”
Quanto ao senador Wilder Morais, do PL, Lívio Luciano é peremptório: “Circulo pelo Estado e, por onde passo, o que mais ouço é: ‘Será que Wilder será candidato a governador?’ Devolvo a pergunta: ‘Você acha que será?’ Ouço de volta, comumente: ‘Acho que não’”.
Por que a dúvida sobre a candidatura de Wilder Morais a governador? “Porque a candidatura de Wilder não depende dele, e nem mesmo de fatores internos, quer dizer, de Goiás. Dependente da ‘onda bolsonarista’, que o elegeu em 2022, o senador não tem uma história própria, de independência política. Mesmo se contar com o apoio do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, se o ex-presidente Jair Bolsonaro disser ‘nós vamos compor com Daniel Vilela e lançar Gustavo Gayer a senador’, Wilder será retirado do processo”, afirma Lívio Luciano. “Todo mundo sabe disso — inclusive Wilder.”
Como depende do bolsonarismo, enfatiza Lívio Luciano, se não tiver o apoio direto de Bolsonaro, Wilder Morais “não será” candidato a governador. “Se disputar por outro partido, e não pelo PL, e Gustavo Gayer estiver na chapa de Daniel Vilela, o senador não passará de 10% dos votos. Sabendo disso, os prefeitos do PL já estão apoiando Daniel Vilela.”
“Acrescento que, se Gustavo Gayer e Major Vitor Hugo são realmente bolsonaristas, em termos ideológicos, Wilder Morais tem pouco a ver com suas ideias”, analisa o ex-deputado. “Wilder é apenas um empresário que gosta de ganhar dinheiro, e não há mal nenhum nisto, claro.”
“Conheço bem o interior de Goiás e, por isso, sei que Wilder Morais não faz um trabalho forte nos municípios. Vai em alguns, para fazer algumas fotos e divulgar nas redes sociais, mas é só. Não há contatos sólidos, formatação de uma base político-eleitoral. Eleição para governador é muito diferente de uma eleição para senador. Precisa-se de uma base ampla, que, no momento, só mesmo Daniel Vilela tem”, postula Lívio Luciano. (E.F.B.)