A lista dos nove políticos que podem ser vice de Iris Rezende na disputa pela Prefeitura de Goiânia

12 setembro 2015 às 15h25

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Iris Rezende pode ser velho — terá 83 anos em 2016 —, mas continua um político consistente e difícil de ser derrotado. No momento, é o favorito para a disputa da Prefeitura de Goiânia. Por isso, vários políticos lutam para ser o seu vice. Aliás, alguns lutam e outros são uma espécie de objeto de desejo do peemedebismo.
1 — Lucas Vergílio — Solidariedade.

Iris Araújo sonha, dormindo e acordada, com a possibilidade do filho do empresário Armando Vergílio aceitar a vice de Iris Rezende. Motivo: se aceitar, e se Rezende for eleito, Lucas deixa a Câmara dos Deputados e, como primeira suplente, Iris Araújo assume. O problema é que, como representante do setor de seguros, é muito difícil o jovem e competente Lucas deixar o Congresso para ser vice. Como se sabe, vice e nada são quase sinônimos.
2 — Edward Madureira — PT.

O ex-reitor, se vice de Iris, contribuiria para qualificar e modernizar o discurso do peemedebismo — quase tão vetusto quanto os dinossauros. O problema é que o professor-doutor, competente gestor, “está” no PT, mas não é considerado “petista” por vários líderes do partido. Por isso possivelmente não deixarão o cristão-novíssimo se tornar vice do peemedebista-chefe.
3 — Adriana Accorsi — PT.

Iris Rezende a chama de a “Menina Accorsi”, como se menina fosse prenome. O peemedebista-chefe tem simpatia pela delegada — “a nossa Waldir”, como carinhosamente é chamada — sobretudo porque, raposa política das mais felpudas, sabe que é muito boa de voto e tem um discurso adequado para as grandes cidades, como Goiânia, quase sempre versando sobre segurança num sentido mais amplo (segurança social, por exemplo). É o nome do paulo-garcismo para vice de Iris. A deputada estadual é a “noiva” preferida.
4 — Daniel Vilela — PMDB.

O deputado federal tem uma obsessão: disputar o governo do Estado já em 2018. Porém, no caso de chapa pura em Goiânia, Iris Rezende gostaria de tê-lo como vice. Já chegou a comentar isto com o prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela, pai do jovem parlamentar.
5 — Luis Cesar Bueno — PT.

O petista é um deputado estadual atuante, um dos poucos que discutem os temas a fundo, por isso incomoda o governo do Estado com frequência. Mas está cansado, até cansadíssimo, das discussões às vezes improdutivas do Parlamento, sobretudo devido ao rolo compressor do governo. Na Assembleia, mesmo quando se tem razão, perde-se todas para o governo. Se Iris Rezende perguntar: “Luis Cesar, quer ser o meu vice?” — antes de terminar a frase “meu vi…”, o líder histórico do PT o cortará e dirá: “Mas é claro que sim”.
6 — Agenor Mariano — PMDB.

Pela razão, dada a necessidade de recursos financeiros e de tempo de televisão, Iris Rezende, ficando com a razão, pode não convocar o vice-prefeito de Goiânia para ser o seu vice. Porém, se depender exclusivamente do afeto e de entender que terá um vice discreto, leal e competente, o peemedebista-chefe convocaria Agenor com o máximo de urgência. Dos políticos jovens, é provável que Agenor seja aquele que Iris chama mesmo de “amigo”. Os dois são vistos com frequência em igrejas evangélicas e mesmo nos encontros dos radicais livres. Os dois se entendem por música.
7 — Bruno Peixoto — PMDB.

O deputado estadual chega ao comando do PMDB de Goiânia pelas mãos de Iris Rezende. Mas não é o vice de seus sonhos. Mas o peemedebista-chefe admite que se trata de um político dedicado, atuante. Falta-se, porém, uma certa firmeza. Peixoto tem um quê de governista mesmo quando parece que está se comportando de maneira radical em relação ao governo do Estado.
8 — Sandro Mabel. PMDB.

Consta que transferiu o domicílio eleitoral para Aparecida de Goiânia. Se não o fez, é apontado com o vice ideal pelo irismo. Por dois motivos. É articulado e é capaz de arranjar recursos financeiros para a campanha. Há quem diga, no partido, que, na eleição de 2014, prometeu mundos e fundos e quase nada apareceu. Um aliado sugere que, como percebeu que a campanha estava “perdida”, Mabel, uma raposa atentíssima, decidiu não pôr recursos em excesso num poço sem fundo. Em Goiânia, com Iris favorito, outro Mabel, o gastador, poderia reaparecer. O problema é que ele está curtindo a vida “adoidado” — com dinheiro sobrando na conta bancária — e não parece tão preocupado com questiúnculas da província. Mabel é hoje muito mais um bon vivant do que um político.
9 — José Nelto. PMDB.

Um de seus sonhos é ser prefeito de Goiânia. Porém, na impossibilidade, porque no partido a fila não anda, sempre tem Iris Rezende em primeiro lugar, gostaria, e muito, de ser o seu vice. A ressalva é que o peemedebista não o vê como um político que tenha a “cara” de Goiânia. Ao mesmo tempo, não seria capaz de agregar e de arranjar fartos recursos financeiros. Embora seja um homem rico, é tido como pão-duro.