O deputado federal Francisco Júnior gostaria de vê-lo de volta ao pessedismo. Aliados sugerem que deve esperar um pouco mais

O vice-governador Lincoln Tejota, sentindo-se discriminado, deixou o Pros, hoje sob o controle do ex-senador Wilder Morais. Ele recebeu convites de líderes de vários partidos. Podemos, PSB, PSD, Patriota e PP, além de outros, trabalharam — aliás, trabalham — para conquistar seu passe político. Porque o jovem é um articulador nato e, todos dizem, tem futuro na política.

Lincoln Tejota, tal qual passarinho na muda, praticamente não está falando sobre filiação. Aliados, os mais próximos, sugerem que, como não deve ser candidato em 2020 — chegou a ser cogitado para disputar a Prefeitura de Goiânia —, deve se ficar sem partido por mais algum tempo, sobretudo deve esperar o redesenho que sai das eleições municipais. Ele vai trabalhar intensamente nas suas bases, mas tende a dizer aos aliados que permaneçam nos atuais partidos — menos, claro, no Pros, que o tratou como político de terceira categoria.

Há quem acredite que Lincoln Tejota ainda tem uma “queda” pelo PSD, pelo qual foi eleito deputado estadual em 2014. O Jornal Opção entrou em contrato com o deputado federal Francisco Júnior, do PSD, e perguntou se havia alguma tratativa a respeito. O parlamentar admitiu que é amigo de Lincoln Tejota, que o “respeita” muito e que, sim, gostaria de vê-lo de volta ao PSD. Porque, frisou, acrescenta em qualquer partido, e não só por ser governador. O pessedista frisa que Lincoln Tejota é um político hábil e agregador.

Francisco Júnior frisou que não conversou com Lincoln Tejota sobre filiação. Mas sublinhou que as portas do PSD estão “abertíssimas” para o vice-governador. “Ele é um grande político’, disse.