Kajuru está denunciando um sistema amoral na Câmara de Goiânia. Vereadores deveriam agradecê-lo

28 janeiro 2017 às 12h37

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Kajuru serve como um “medicamento” pra acordar vereadores esquemosos. Deveriam agradecê-lo. Quem não estiver cego para a realidade vai, no futuro, agradecê-lo

O vereador Anselmo Pereira, evidentemente, não é da geração Y. O tucano é da geração do I. O que isto quer dizer? Que o tucano-camaleão é “do Iris” (Rezende), um político que se filia a um partido legal, para disputar eleições, mas pertence ao PG — Partido do Governo.
Quanto a Jorge Kajuru, Anselmo Pereira mudou de conduta. Inicialmente, sugeria que iria partir para o confronto, com o objetivo de enquadrá-lo. Como percebeu que o jornalista e radialista não tem nada a perder, porque não tem uma história negativa, passou a praticamente a ignorar o desafeto. O raciocínio é este: “Se eu não ligar para o que diz, quem sabe me esquecerá”.
Mas na sexta-feira, 27, um dos vereadores novos disse que Anselmo Pereira, quando conversa com eles sobre Jorge Kajuru, afirma mais ou menos assim (a frase não é literal): “Gente, esse sujeito vai acabar com todos nós. Precisamos nos unir contra ele”.
Ocorre que o jornalista-vereador não está criticando todos os vereadores. O que está criticando, com acerto, é um sistema viciado que vigora na Câmara há vários anos. Trata-se do sistema que criou um poderoso toma-lá-dá-cá e seus integrantes não percebem que operações como a Lavajato estão batendo à porta. Jorge Kajuru está servindo como uma espécie de “medicamento” para acordá-los do torpor. Deveriam agradecê-lo. Quem não estiver cego para a realidade vai, num futuro próximo, agradecê-lo.