Kajuru aposta que Bolsonaro vai vetar integralmente a Lei de Abuso de Autoridade

41 senadores devem assinar pedido para o presidente derrubar a lei que pode colaborar para aumentar a corrupção no Brasil

Perguntando sobre senadores que aprecia, o presidente Jair Bolsonaro listou alguns nomes. O primeiro a ser citado foi o de Jorge Kajuru, senador por Goiás. O que o líder do PSL aprecia no político do Patriota? Ele frisa que jamais Kajuru pede alguma coisa para si — sequer solicita nomeações. Um auxiliar de Bolsonaro frisa que o senador clama, o tempo todo, para que o governo federal ajude Goiás a sair da crise e, ao mesmo tempo, pela sanção de projetos que o bolsonarismo chama de “exclusivamente republicanos” (como a manutenção do Fundeb, hospitais para diabéticos em todos os Estados, ampliação do teste do pezinho). Recentemente, Bolsonaro disse a um senador: “Kajuru é diferenciado”.

Há senadores com acesso fácil a Bolsonaro? Há, sim. Talvez de cinco a 12. Na comissão de frente, Kajuru. Por isso, há senadores que pedem a Kajuru que ajude na aprovação de determinados projetos. No momento, ao lado do senador Oriovisto Guimarães, do Podemos do Paraná, Kajuru está colhendo assinaturas dos senadores para levá-las ao presidente Jair Bolsonaro com o pedido de veto integral da Lei de Abuso de Autoridade. Kajuru e Ariovisto colheram 36 assinaturas. “Mais cinco senadores prometem assinar e aí teremos 41 senadores, a maioria absoluta, contra a Lei de Abuso de Autoridade. A lei é tão vergonhosa que deveria mudar de nome, talvez para Lei de Mais Abuso de Autoridade. Ora, aqueles que impedem o roubo no Brasil, como promotores, policiais federais e magistrados, serão punidos, se forem mais exigentes, e os corruptos serão mais protegidos. Insisto: é vergonhoso. O Senado dará uma prova de que defende a honestidade e a Justiça, por isso vai contribuir para derrubar o que merece o nome de excrescência.”

Kajuru aposta que Bolsonaro vai vetar — integralmente — a Lei de Abuso de Autoridade. “O presidente vai acabar com o abuso dos que não querem a apuração de corrupção dos poderosos.”