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Candidato a deputado federal, José Mário Schreiner está sendo chamado de “deputado dos livros”, por fazer sua publicidade em volumes que distribui aos eleitores. A grande dúvida é: alguém lê ou as pessoas recebem por educação e deixam o volume no primeiro escaninho disponível?

“Cerca de 80% leem total ou parcialmente”, responde José Mário. Quem recebe o livro preenche um cadastro e, depois, o próprio autor e seus assessores ligam perguntando o que acharam da obra. Dessa consulta sai o índice dos que leram ou “esqueceram” o livro em algum canto.

Por isso, defende o acesso aos livros: “Dizem que as pessoas não leem, mas é porque não convivem com livros. É preciso ter bibliotecas e gibitecas nas praças junto com os pitdogs e todas as escolas deveriam ter um acervo gigantesco”. Por sua tese, “se a pessoa nem sabe onde há livros, não tem como se interessar. Quem lê o primeiro livro, é candidato a freguês constante da literatura”. Para ele, “a criançada pode começar no gibi”. José Mário acha que “não existe a menor possibilidade de o livro” ser substituído por outras mídias: “Pelo contrário, o livro está cada vez mais vivo”.

Presidente do Sistema Faeg/Senar, José Mário era visto apenas como representante dos agropecuaristas. Mas “urbanizou” as entidades, levando cursos e treinamentos para 1 milhão de jovens e adultos. Outro programa do Senar, o Agrinho, está com 1 milhão de alunos de 30 mil professores do ensino fundamental. Faz projetos culturais, como o ProArte.

José Mário começou a publicar livros como resultado de suas palestras sobre empreendedorismo, liderança e Educação. Como o primeiro fez sucesso, com lançamentos para até 2 mil pessoas por evento, continuou a compilar as palestras e distribuir. São exemplos de concisão. Os capítulos são resumidos em até 140 caracteres e os textos, de 400 a mil caracteres, “na linguagem e no tamanho das mídias sociais”.

Três títulos podem ser lidos no www.josemario.com.br: “Empreender é a saída — inclusive para quem não tem nem o dinheiro da entrada”, “Empreendedorismo — Como se livrar de 50 pragas que devoram o setor produtivo e corroem o crescimento do Brasil” e “5555 — O número do empreendedorismo e da liderança”.