Jogo político pode pôr Bolsonaro e Caiado no mesmo palanque em 2026 em Goiás e no país

23 julho 2023 às 00h02

COMPARTILHAR
Presidente do PL em Goiás, o senador Wilder Morais vai realmente disputar o governo do Estado em 2026? Pode ser. E pode não ser.
Wilder Morais tem dito a aliados que lhe interessa a disputa do governo. Portanto, o interesse, é um fato. Mas o senador poderá fazer parte de uma articulação nacional para bancar o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, do União Brasil, para presidente da República.

O nome do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, será mantido na mídia, até 2026, para fortalecê-lo. Porém, como bolsonarismo não tem outro nome forte no Estado mais rico do país — com PIB superior ao da Argentina e do Chile —, a tendência é que ele dispute a reeleição.
A tese é a seguinte: Tarcísio de Freitas é favorito para a reeleição. Porém, se disputar a Presidência da República e perder, o bolsonarismo perderá dois espaços de poder e sairá fragilizado do pleito de 2026. Então, há outra possibilidade real: o bolsonarismo poderia apoiar Ronaldo Caiado para presidente — com Michelle Bolsonaro (PL) na vice, por exemplo.

Neste quadro, como fica o projeto de Wilder Morais? Não se sabe. O que se pode especular — dado o fato de que a eleição será disputada daqui a três anos e dois meses. Há três possibilidades, talvez óbvias. Primeiro, o senador disputa o governo. Segundo, sairia do páreo — apoiando a candidatura de Daniel Vilela, do MDB, ao governo. Terceiro, se firmaria um compromisso de que a base governista o apoiará para governador em 2030.
Há também a hipótese de Michelle Bolsonaro disputar mandato de senadora em Goiás — junto com a primeira-dama Gracinha Caiado, do União Brasil. Assim, o PL estaria contemplado na chapa majoritária, que poderia ser formatada assim: Daniel Vilela para governador, Gracinha Caiado e Michelle Bolsonaro para o Senado e Pedro Sales (ou Alexandre Baldy ou Roberto Naves) para vice-governador.
A rigor, o que há são conversas preliminares, mas Wilder Morais, assim como outros políticos, sabe que o próprio destino político não está apenas em suas mãos. (E.F.B.)