João Gabbardo está com cara de ministro “interino” da Saúde

15 abril 2020 às 12h37

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Há no governo de Jair Bolsonaro quem aposte que, com a indicação do número 2 do Ministério da Saúde, a “crise” será menos traumática
O médico e ultramaratonista João Gabbardo, hoje auxiliar de Luiz Hernique Mandetta, é cotado para assumir o Ministério da Saúde. Em Brasília afirma-se que seria o “ministro da pandemia” do novo coronavírus. Quer dizer, por ser técnico — e não político, ao contrário de Mandetta —, poderia ficar por um período no comando do ministério. A saída de Mandetta será menos “dolorosa” e “traumática” se um membro de sua equipe ficar no comando do ministério. Com o fim da pandemia,Gabbardo tanto poderá ficar, se indicado agora, quanto sair — abrindo espaço para seu padrinho Osmar Terra.

Quando o médico e deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) era prefeito de Santa Rosa, município do Rio Grande do Sul, Gabbardo foi seu secretário da Saúde. O médico, além de ter ligação com o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni (DEM), fez campanha para Jair Bolsonaro em 2018. Lorenzoni luta pela indicação do nome de Osmar Terra. Mas este teme ser bombardeado pela imprensa.
Conta-se em Brasília que Bolsonaro teria insistido com Osmar Terra e Lorenzoni: Gabbardo não seria do “grupo de Mandettta”? Os dois teriam dito que “não”. Ele é “técnico” — seria a informação dominante.
Bolsonaro estaria com uma lista de dez nomes para o ministério. A seguir o nome de seis, por ordem alfabética:
Antônio Barra Torres — presidente da Anvisa (defensor do uso da cloroquina no tratamento de pacientes com a Covid-19.
Claudio Lottenberg, presidente do Hospital Israelita Albert Einstein.
João Gabbardo — número 2 do Ministério da Saúde.
Ludhmila Hajjar, médica do Hospital Sírio-Libanês, do Incor e diretora de Ciência e Inovação da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Nise Yamaguchi, oncologista e imunologista (como Bolsonaro, é uma defensora do uso da cloroquina no tratamento de pacientes com a Covid-19.
Osmar Terra — Aliado e amigo de Bolsonaro e Onyz Lorenzoni. É contra o isolamento social total. Há quem o chama de “Osmar do Bolsonaro”.