O pré-candidato do DEM a governador de Goiás, o senador Ronaldo Caiado, aposta que o deputado federal João Campos, sob pressão ostensiva da Igreja Assembleia de Deus — à qual pertence —, vai apoiá-lo.

João Campos, cuja prioridade era disputar a reeleição, deve ser candidato a senador, embora seu nome também seja ventilado para vice, mas os evangélicos preferem enviar políticos para Brasília.

A cúpula da Assembleia de Deus é pragmática: Luiz Carlos do Carmo (MDB), irmão do venerável pastor Oídes José do Carmo, é suplente de Ronaldo Caiado. Portanto, se o postulante do DEM for eleito governador, a Assembleia de Deus ganhará um senador por quatro anos. Não é pouca coisa.

Se João Campos insistir em ficar na base do governador Marconi Perillo, vai perder o apoio significativo dos evangélicos de Goiás, sobretudo da Assembleia de Deus, grupamento religioso ao qual pertence e com o qual tem profunda afinidade. Se os evangélicos, o deputado terá de voltar de Brasília e reassumir seu cargo de delegado de polícia.