Iure Castro deve ser candidato a senador na chapa do PT-Cidadania

27 setembro 2025 às 21h00

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O PT de Goiás ainda não iniciou a formatação de sua chapa majoritária para a disputa do governo e das duas vagas para senador em 2026, daqui a um ano.
No fundo, o PT ainda sonha com uma composição com o ex-governador Marconi Perillo e com a vereadora Aava Santiago, ambos do PSDB.
Mas, se Aava Santiago — a mais lulista dos tucanos goianos — entusiasma-se com uma aliança à esquerda, Marconi Perillo se mantém a distância do PT. Tentou se aproximar do PSD de Gilberto Kassab e do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do Republicanos, mas, apesar dos salamaleques de praxe, recebeu um “não”. Por isso, o tucano não conseguiu trocar o PSDB pelo PSD (o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, caiu fora do PSDB e já está filiado ao PSD).
O tucano-chefe está procurando se aproximar da direita bolsonarista e consta que um de seus sonhos é compor com o senador Wilder Morais, do PL.
No momento, petistas tentam convencer o vereador Edward Madureira, do PT, a disputar o governo. O ex-reitor da UFG até pode aceitar a incumbência, mas, com chance de ser eleito deputado federal, não estaria tão disposto a ser candidato a governador.
Fala-se em Olavo Noleto, mas, com a possibilidade de se tornar ministro, a tendência é que não deixe o governo federal.
O ex-reitor da PUC-Goiás Wolmir Amado, do PT, pode, mais uma vez, ser candidato a governador? Até pode. Mas seu nome é pouco citado para a disputa. “Wolmir fala como se fosse estrangeiro”, diz um petista. “Em 2022, ele não era compreendido pelas pessoas.”
O nome da ex-deputada estadual Denise Carvalho, do PC do B, também tem sido cogitado. Mas consta que não estaria “nada animada”.
O fato é que, se não conseguir compor com o PSDB de Marconi Perillo — a aliança seria sobretudo para fortalecer o palanque do presidente Lula da Silva em Goiás —, o PT vai lançar chapa própria. Aí podem entrar na lista dos governadoriáveis os petistas Neyde Aparecida e os vereadores Kátia Maria e Fabrício Rosa.
Para senador, um nome começa a despontar. O advogado e procurador da Assembleia Legislativa Iure Castro, presidente do Cidadania em Goiás, é cotado para a disputa do Senado. Recentemente, na manifestação contra a PEC da Blindagem, fez um discurso contundente, à esquerda, e elogiou a deputada federal Adriana Accorsi (também cotada para disputar o governo).
Embora ligado ao presidente da Assembleia Legislativa, Iure Castro é de esquerda e apoia a reeleição de Lula da Silva. (E.F.B.)