Cadê o senador Ronaldo Caiado que não aparece para defender os médicos da capital?

Iris Rezende: prioridades do prefeito de Goiânia não são saúde nem educação, e sim pavimentação asfáltica. Serviços não é com ele | Foto: Kelly Nascimento

A mídia tende a interpretar o sentimento popular a respeito da saúde pública em Goiânia sem dimensionar com precisão a verdadeira responsabilidade pela crise e por sua má imagem. A saúde sob a batuta do Estado (com o apoio das organizações so­ciais) — representada pelo Hugo, Hugol, HGG, Crer, HDT e Materno-Infantil — vai bem; não há problemas graves.

ntretanto, como a Prefeitura de Goiânia, na gestão de Iris Rezende, não tem uma política pública eficiente, a imagem de que a saúde vai mal cristaliza-se de maneira generalizada. Os cais se tornaram verdadeiros caos. Neles, para a infelicidade da população mais pobre, falta tudo. Escasseiam médicos e o controle de presença dos profissionais é falho. Faltam medicamentos. É uma tragédia.

A saúde em Goiânia vai tão mal — e não adianta os auxiliares de Iris Rezende tentarem culpar os médicos (aliás, cadê o senador Ronaldo Caiado para defendê-los?) por um problema que, na verdade, não criaram — que está afetando os municípios vizinhos. Parte dos pacientes está procurando assistência em Anápolis, Aparecida de Goiânia, Trin­dade e Senador Canedo, so­brecarregando suas unidades de saúde. Quem diria!

É uma longa tradição: saúde nunca foi uma das principais prioridades do PMDB goiano. Tanto que o HGG, hoje um hospital de referência de alta qualidade, ficou fechado durante anos. A prioridade de Iris Rezende não é saúde, assunto a respeito do qual não entende (parece grego ou aramaico para o prefeito). O peemedebista sempre priorizou pavimentação asfáltica em detrimento dos serviços de qualidade para a população.

Saúde e educação entram na pauta de Iris Rezende tão-somente durante as campanhas eleitorais. Depois, são esquecidas. Um dos motivos, alegado por iristas, é que as duas áreas são “dispendiosas” para a prefeitura. Podem até ser, mas são áreas vitais e precisam ser mais bem geridas. Vidas, afinal, estão em jogo. Vidas que não podem ser “substituídas”.