Os inventores de fake news — os feikenewslogistas — espalharam, pelos quatro cantos dos Entorno de Brasília, que o grupo liderado pelo secretário do Entorno de Goiás, Pábio Mossoró, vai dividido para o pleito de 2026, daqui a um ano e um mês.

Na verdade, o grupo, que se mantém forte, não está dividido. O ex-prefeito Pábio Mossoró (MDB), o prefeito de Valparaíso de Goiás, Marcus Vinicius Mendes Ferreira (MDB), e a deputada estadual Zeli Fritsche (União Brasil) permanecem unidos.

Por que o grupo optou pela união? Porque procede a velha história de que a união faz a força. A deputada federal Lêda Borges começou a perder eleição porque não soube manter o grupo unido. Por isso acabou sem grupo.

O grupo de Pábio Mossoró ganhou três eleições consecutivas para prefeito de Valparaíso — duas com Pábio Mossoró e uma com Marcus Vinicius — e elegeu uma deputada estadual, Zeli Fritsche. Mostrou que tem força. Motivo: a união. O fato de se ter um grupo. Política é grupo.

Se brigaram, pensando em projetos pessoais e não no grupo, acabarão repetindo Lêda Borges.

Num acordão, que conta com o apoio do governador Ronaldo Caiado, do União Brasil, e do vice-governador Daniel Vilela, do MDB, ficou decidido que Pábio Mossoró será candidato a deputado federal e Zeli Fritsche disputará a reeleição.

Moderado e ponderado, Marcus Vinicius mediou o acordo e apoiará os dois.

Pábio Mossoró, Marcus Vinicius, Zeli Fritsche e Wagner (Waguinho) Paixão — vice-prefeito de Val — se reuniram, na semana passada, e selaram a união para a disputa de 2026.

A tese do grupo é prosaica e verdadeira: unido terá condições de eleger tanto Pábio Mossoró quanto Zeli Fritsche. E mais: poderão contribuir para eleger Daniel Vilela a governador de Goiás. Projetos pessoais só se tornam fortes quando partem do pressuposto de que é preciso fortalecer, antes, o coletivo, o grupo. Isto é sinônimo de realismo, pragmatismo, racionalidade e inteligência. (E.F.B.)