Governismo pode pressionar por composição entre Eronildo Valadares e Márcio Luis em Porangatu

20 outubro 2019 às 00h00

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Pedra no caminho é que nenhum aceita ser vice. Há quem proponha que Márcio seja vice em 2020 e candidato a deputado em 2022

O ex-prefeito de Porangatu Eronildo Valadares, que deve trocar o MDB pelo DEM, visitou a redação do Jornal Opção na semana passada. “Vou disputar a prefeitura tanto para organizar a máquina pública, que o prefeito Pedro Fernandes desorganizou, quanto para fazer as obras que a cidade precisa. Eleito, terei a vantagem de ter como parceiro um governador que não boicotará a cidade. Devo disputar com o apoio do governador Ronaldo Caiado.”
A oposição tem dois nomes considerados fortes pelos experts na política da cidade: Eronildo Valadares (frisa que lidera as pesquisas de intenção de voto) e o advogado e empresário Márcio Luis da Silva (sem filiação partidária).

Tanto Eronildo Valadares quanto Márcio Luis dizem que vão disputar a prefeitura e não recuam.
Márcio Luis é ligado ao vice-governador Lincoln Tejota e postula que é o fato novo da política local e que pretende romper com a polarização política tradicional da cidade entre os grupos de Eronildo Valadares (deixando o MDB) e de Júlio da Retífica (PSDB).
No governo do Estado há uma corrente que prefere que Eronildo Valadares e Márcio Luis formem uma única chapa, pois temem que, com os dois na disputa, o prefeito Pedro Fernandes — que está com a ficha de filiação ao PP praticamente assinada (já escreveu Pedro, só falta o Fernandes) — seja reeleito.
O drummond no meio do caminho é que Eronildo Valadares e Márcio Luis não aceitam a vice. Há quem, no governo, proponha que Márcio Luis seja o vice em 2020 desde que Eronildo Valadares o apoie para deputado estadual em 2022. É possível? Impossível, afirma um governista, não é. Mas um político de Porangatu sustenta que Márcio Luis está determinado a disputar.
Eronildo Valadares disse ao Jornal Opção que é amigo de Márcio Luis — “de frequentar a casa” — e gostaria de tê-lo como vice. “Mas Márcio Luis, que é um bom sujeito, tem todo o direito de disputar a eleição. É preciso participar de pleitos para conhecer a política o real.” O ex-prefeito chega a brincar, tal o grau de amizade entre ambos: “Recentemente, ao encontrá-lo, eu disse: ‘Nosso futuro prefeito de Porangatu’. Antes que Márcio ficasse muito empolgado, eu acrescentei: ‘Eu disse futuro, não o próximo’”.