Governismo comemora força política em Goiânia, Luziânia, Itumbiara, Rio Verde e Trindade

18 outubro 2020 às 00h00

COMPARTILHAR
Aliados de Ronaldo Caiado frisam que o governismo deve eleger prefeitos nas principais cidades de todas as regiões de Goiás
O núcleo político ligado ao governador Ronaldo Caiado, do partido Democratas, trabalha tanto com pesquisas quanto com contatos diretos com líderes partidários em todo o Estado de Goiás. Nas conversas — e com as pesquisas —, estão observando, com extrema atenção, o desempenho de seus candidatos nas grandes e médias cidades. O grau de satisfação é alto, mas a recomendação aos aliados é para que não comemorem agora. É preciso trabalhar muito, pois, segundo pesquisas qualis, a maioria dos leitores decide o voto entre 15 e cinco dias antes das eleições. Então quem estiver liderando agora precisa ficar atento.
No mapeamento da intelligentsia caiadista, o quadro é basicamente o seguinte:
1

Em Goiânia, a cidade com quase 1 milhão de eleitores, o candidato do PSD, Vanderlan Cardoso, bancado por Ronaldo Caiado, tende a ganhar as eleições — na avaliação do governismo. A tese do grupo: o senador deve ir para o segundo turno em primeiro lugar, o que cria uma ampla expectativa de poder.
2

Na terceira cidade com maior eleitorado (270 mil), Anápolis, a disputa é mais complexa. Antônio Gomide, do PT, lidera — com o prefeito Roberto Naves, do Progressistas, em segundo lugar. Há a convicção de que se trata de um pleito difícil e complexo. Mas o governismo aposta numa virada a partir da constituição de uma frente ampla — que inclui Ronaldo Caiado e, possivelmente, o presidente Jair Bolsonaro (que já disse que, se fosse eleitor em Anápolis, jamais votaria em Antônio Gomide, do PT) — que “contribuirá” para reforçar a musculatura do gestor municipal. A tese é: levar a disputa para o segundo turno e aí fazer uma concentração de esforços para virar o jogo.
3

Na cidade mais próspera e com maior eleitorado (133 mil eleitores) do Sudoeste goiano, Rio Verde, o governismo está tranquilo. O prefeito Paulo do Vale, do Democratas, tende a ser reeleito, possivelmente com uma das maiores votações da história do município.
4

Na cidade mais emblemática e de maior eleitorado do Entorno de Brasília, Luziânia (118 mil eleitores), a tendência é que Diego Sorgatto, do Democratas, seja eleito prefeito. Mas a Professora Edna Aparecida, do Podemos, não pode ser subestimada. Detalhe: filiada ao Podemos, também pertence à base governista.
5

Em Águas Lindas (com quase 100 mil eleitores), o governismo aposta suas fichas na candidatura de Marco Túllio, do Democratas. O Podemos tem um candidato forte, mas prevalece a convicção, uma espécie de inconsciente coletivo, de que, desta vez, Túllio tende a ser eleito.
6

No Entorno de Brasília, noutra cidade emblemática, Formosa, com 70.606 eleitores, o prefeito Gustavo Marques, do Progressistas, é apontado como favorito. Pertence à base governista.
7

No entorno de Goiânia, o governismo avalia que elege os prefeitos de Senador Canedo (71 mil eleitores) e Trindade (84 mil eleitores). Em Senador Canedo, Fernando Peloso, do PSD, é apontado como favorito. É ligado ao senador Vanderlan Cardoso. Em Trindade, a aposta é no Dr. Antônio Caetano, do Democratas, que lidera as pesquisas de intenção de voto.
8

Em Catalão, a cidade mais importante do Sudeste goiano, deve ser reeleito o prefeito Adib Elias, do Podemos. Trata-se de um dos políticos mais ligados ao governador Ronaldo Caiado.
9

O governismo comemora uma “virada” em Itumbiara, a cidade mais emblemática do Sul goiano. Lá, a disputa é pau a pau entre Gugu Nader, do PSL, e Dione Araújo, do Democratas. Gugu Nader apresenta pesquisas apontando-o em primeiro lugar. Mas o governismo tem pesquisas que apontam uma reviravolta, com Dione Araújo em primeiro.
10

No Norte de Goiás, na cidade mais importante, Porangatu, o nome mais forte, até agora, é o da ex-deputada estadual Vanuza Valadares, do Podemos. O quadro eleitoral da cidade é complicado, mas a ex-parlamentar é apontada como favorita.
O fato é que em todas as regiões de Goiás, o governismo está muito forte e tende a sair do pleito com uma base política sólida e mais ampla do que a atual.