Gestão de Tormin, rica só em denúncias, pode inviabilizar Cambão em Luziânia

22 setembro 2019 às 00h00

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O deputado Estadual Wilde Cambão terá de explicar, durante a campanha, os problemas da gestão de Cristóvão Tormin. Ponto para Diego Sorgatto

O deputado estadual Wilde Cambão (PSD) diz publicamente que será candidato a prefeito de Luziânia. Privadamente, não mostra o mesmo ânimo. Por isso a cúpula do PSD estadual não deve se surpreender se, em 2020, o parlamentar desistir da disputa. Por enquanto, afirma aos aliados que é “candidatíssimo”.
Há dois motivos para o aparente desânimo de Cambão. Primeiro, o fato de não ter o apoio do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que banca a candidatura do deputado estadual Diego Sorgatto, no momento filiado ao PSDB, mas a caminho do DEM. Cambão sabe que, se vencer, não terá vida fácil a partir de 2021.

Segundo, e mais grave, as várias denúncias de improbidade que estão surgindo contra o prefeito Cristóvão Tormin (PSD) tendem a inviabilizar a candidatura de Cambão. Porque Tormin é seu principal coronel eleitoral. Se o desgaste do prefeito chegar ao ponto de sua cassação ser feita, a candidatura de Cambão nasce morta. Porque cada vez mais o líder pessedista está se tornando um fardo para os aliados. Um oposicionista chega às raias da maledicência: “Cambão tende a perder, mas quem pode sair de ‘camburão’ é o Cristóvão”.
Várias outras denúncias deverão ser feitas nos próximos meses contra a gestão de Tormin. Do ponto de vista do quadro de hoje, dado o desgaste do prefeito, Cambão dificilmente terá chance de ser eleito. Sua situação é complicada. Não ganha, provavelmente, com o apoio de Tormin. Mas, sem o apoio do líder municipal do PSD, não tem chance sequer de ser candidato.