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Durante anos, Anápolis, que sedia o Daia — maior distrito industrial de Goiás —, foi conhecida como a “Manchester goiana. Mais recentemente, por causa da Caoa-Chery — que produz carros elétricos chineses — e da possibilidade de conquistar a BYD, que também produz automóveis elétricos, a cidade, dona do segundo maior PIB do Estado, passou a ser chamada de “Suzhou goiana” (como se sabe, Suzhou é a grande cidade industrial da China, altamente tecnológica).

Os moradores de Anápolis sonhavam com a chegada da BYD, sobretudo porque um de seus principais executivos (ou lobistas) no Brasil é o goiano Alexandre Baldy. Aliados do ex-ministro sustentam que ele realmente queria trazer a empresa chinesa para o Cerrado, mas, sob pressão do presidente Lula da Silva e do ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa — ex-governador da Bahia e senador licenciado —, a direção da BYD teria optado pela Bahia.

O fato é que Anápolis ficou com o dedo da boca, assistindo, da geral, os baianos comemorarem a força de seus políticos e bestificados com a fragilidade política do goiano Baldy. Para piorar, o goiano de Goiânia ainda fez discurso elogiando a Bahia. (E.F.B.)