Flávia Arruda pode se juntar com Damares Alves pra enfrentar Ibaneis Rocha?

03 abril 2022 às 00h02

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O governador aposta que Flávia Arruda será candidata a senadora na sua chapa. Mas o que fazer com a ex-ministra Damares Alves

Comentário ouvido no Palácio do Planalto, de uma pessoa decisiva no governo do presidente Jair Bolsonaro: “Com a entrada da ex-ministra Damares Alves (Republicanos) no jogo da política de Brasília, como pré-candidata a senadora, o quadro ficou uma bagunça, muita gente está sem dormir [referência ao governador Ibaneis Rocha, do MDB, e à deputada federal Flávia Arruda, do PL], mas eu estou adorando”.
Como Ibaneis Rocha havia convencido a deputada federal Flávia Arruda a ser sua parceira na chapa majoritária, como candidata a senadora, o governador parece que havia começado a voar em céu de brigadeiro. Entretanto, com a entrada de Damares Alves, a candidata “de” de Bolsonaro, o quadro muda de configuração. Flávia Arruda aceitará ser vice ou candidata a deputada federal? Não se sabe.

O que se sabe é que, de repente, Bolsonaro pode bancar uma chapa com Flávia Arruda pra governadora e Damares Alves para senadora. Com duas mulheres na linha de frente, seria uma chapa diferenciada. Porém, para Ibaneis Rocha, passaria a ser um mau negócio.
Como um aliado de Ibaneis Rocha teria reclamado, no Palácio do Planalto, acabou por ouvir: “Os outros que se rearranjem”. Damares Alves, filiada ao Republicanos, um partido independente, infenso a possíveis pressões do governador, realmente está provocando um reposicionamento dos pré-candidatos.

José Antônio Reguffe, que saiu do espectro da centro-esquerda, ao se filiar ao União Brasil, sustenta que vai disputar o governo. Mas, para enfrentar a poderosa máquina do governo de Ibaneis Rocha, precisa formatar uma frente política, o que, até agora, não conseguiu. Mas seu nome tem apelo forte, porque é visto, cantado em verso e prosa, como um político decente.
A senadora Leila Barros, que parecia estar ficando para trás, filiou-se ao PDT para disputar o governo do Distrito Federal. Assim como Reguffe, é do bloco dos políticos decentes, não contaminados pela corrupção da política brasileira.

O senador Izalci Lucas, do PSDB, também está colocando seu bloco na rua.
Comenta-se que Reguffe, Leila Barros e Izalci Lucas têm um pacto. Vão manter seus nomes na ribalta e, quando julho chegar, o que estiver melhor será o candidato a governador. Fato ou ficção? Não se sabe exatamente. No momento, os três estão se expondo, como pré-candidatos, e com pique de quem não quer sair do páreo.

O PT caminha com Geraldo Magella, ex-deputado federal. Há quem postule que pode compor com Leandro Grass, do Partido Verde. Ele próprio disse, num vídeo, que continua candidato, mas que está à disposição do projeto número do PT: a campanha de Lula da Silva a presidente da República. Se preciso, mantém o nome. Se não, retira-se, mas continua firme na campanha do petista-chefe.