Filiação de Mabel no Republicanos é vista como facada nas costas de candidatos a deputado

24 abril 2022 às 00h01

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Será que Rodney Miranda e Rafael Gouveia se filiariam ao partido se soubessem que, nas sombras, estavam articulando a filiação do empresário?

A pergunta de 1 milhão de dólares ainda não foi respondida pelo presidente do Republicanos em Goiás, deputado federal João Campos: por que, exatamente, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás, Sandro Mabel, se filiou ao partido no apagar das luzes, com a possibilidade de, inclusive, disputar mandato eletivo em 2022?

Há vários comentários. Um deles, não confirmado e não verdadeiro, sugere que a filiação de Mabel se deu via Diretório Nacional do Republicanos. Na verdade, a filiação se deu por intermédio de João Campos, que teria recebido uma oferta de apoio, não se sabe se financeira, para disputar mandato de senador.

Sabe-se que a imagem cristalizada de João Campos, como político, é de que “não trai”. Porém, no interior do Republicanos, a imagem atual é outra. Um postulante a deputado federal chegou a dizer, cobrando of the records: “A filiação de Mabel foi uma facada nas costas dos candidatos a deputado federal do partido. Será que o ex-secretário de Segurança Pública Rodney Miranda [pré-candidato a deputado federal] teria se filiado se soubesse que, adiante, seria anunciada a filiação do ex-deputado, um adversário figadal do governador de Goiás, Ronaldo Caiado?”.

Outro integrante do Republicanos questiona: “Por que os pré-candidatos Jefferson Rodrigues, Rafael Gouveia e Rodney Miranda, para citar apenas três, não foram avisados por João Campos? Pelo que se sabe, nem o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, foi comunicado da filiação”.

Um terceiro membro do Republicanos alfineta: “No MDB, como se sabe, Mabel, que era aliado íntimo do ex-presidiário Eduardo Cunha, ficou conhecido como ‘desagregador’. E, pelo visto, não mudou — tanto que mal chegou e já provocou uma crise no partido”.