Fabrício Queiroz afirma que não quer e não tem o que delatar

01 julho 2020 às 08h48

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O advogado Paulo Catta Preta diz que está seguro do que disse seu cliente, o ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro

O primeiro-amigo do senador Flávio Bolsonaro, o militar aposentado Fabrício Queiroz, afirma que não quer e que não tem o delatar. A informação está na coluna de Mônica Bergamo, na “Folha de S. Paulo”.
Na semana passada, circulou a informação de Queiroz faria delação premiada. Seu advogado, Paulo Catta Preta, perguntou se a informação procedia, se havia conversas verdadeiras a respeito, e Queiroz respondeu: “Doutor, eu não quero delatar e não tenho que delator”. Pelo menos é o que diz, agora, o assessor de Flávio Bolsonaro.

O advogado Paulo Catta Preta não é adepto do sistema de delação premiada. Na segunda-feira, 29, o advogado pediu ao cliente que se posicionasse com clareza. “Disse a ele que, se fosse essa a opção, eu teria que sair do caso e indicar outro advogado. E ele me respondeu que era o contrário”, sublinha o advogado. “Eu estou seguro com o que ele me disse. Não teria por que mentir. Se quisesse fazer delação, ele teria que eticamente me comunicar.”
Paulo Catta Preta afirma, segundo relata Mônica Bergamo, “também não acreditar em uma conversa direta de Queiroz com policiais ou procuradores, sem o seu conhecimento”. O advogado diz que “a lei diz que qualquer contato [com um possível delator] sem a presença de defensores é nulo e irregular”.
O que se explica é como a notícia surgiu do nada, por exemplo, na CNN Brasil. Como se sabe, publicações sérias, e a rede séria, não inventam uma notícia de tal gravidade (uma possível delação teria a ver com “imunidade” para a família de Queiroz?). Seria o momento de quem publicou a informação em primeira mão se explicar: de onde retirou a informação?