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Presidente do MDB, Daniel Vilela vai assumir o governo de Goiás em 4 de abril de 2026 — daqui a oito meses e alguns dias — e será candidato à reeleição.

A chapa majoritária da base governista está 50% montada, quer dizer, tem o candidato a governador (pré-candidato), Daniel Vilela, e a candidata (pré-candidata) a senadora, Gracinha Caiado, do União Brasil.

Há em aberto uma vaga de senador e a vaga de vice.

A vaga de senador pode ser ocupada por um membro do PL, possivelmente o deputado federal Gustavo Gayer. É o que o ex-presidente Jair Bolsonaro quer.

Flávia Morais foto da Câmara dos Deputados 40
Flávia Morais: deputada federal pelo PDT | Foto: Câmara dos Deputados

Porém, se o PL ficar fora — optando por lançar o senador Wilder Morais para governador —, a chapa terá outra configuração. A tendência é que o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, o popularíssimo Gustavo Mendanha, do PSD, seja candidato a senador.

Além da popularidade, se figurar na chapa, Gustavo Mendanha traz o PSD para a base governista. Um partido a mais e de peso político.

Para a vice de Daniel Vilela, a tendência, pelo menos pelo olhar de hoje, tende a ser escalada uma mulher. Por dois motivos.

Primeiro, o eleitorado feminino em Goiás é imenso. E, se Daniel Vilela for eleito — e, depois, sair para disputar o Senado em 2030 —, a vice, uma mulher, assumirá o governo de Goiás. Será a primeira vez que uma mulher assumiria o governo no Estado. Repetindo: se o emedebista for reeleito em 2026.

Segundo, uma mulher na chapa atrairá mais recursos financeiros oficiais para a chapa majoritária. Muito mais do que se o vice for homem. As campanhas têm sido viabilizadas, em larga medida, pelo fundo eleitoral, não por recursos de terceiros.

Zeli Fritsche: deputada estadual | Foto: Euler de França Belém/Jornal Opção

Então, com uma mulher na vice, a campanha de Daniel Vilela ganhará mais robustez financeira — e tudo legalmente.

Os possíveis vices homens são: José Mário Schreiner (MDB), Paulo do Vale (União Brasil), Gustavo Mendanha (PSD), Adriano da Rocha Lima (União Brasil), Diego Sorgatto (União Brasil) e Pedro Sales (União Brasil).

Entre as mulheres os nomes mais cotados (ou citados) são: Fátima Gavioli (União Brasil), Flávia Morais (PDT) e Zeli Fritsche (União Brasil).

Fátima Gavioli largou na pole position. Conhecida como “rainha do Ideb”, em seis anos e seis meses, contribuiu, de maneira decisiva, para melhorar a educação em Goiás e levá-la ao patamar de melhor do Brasil. Seu discurso é afiado e é agregadora. Daniel Vilela tem apreço pela secretária da Educação, assim como o governador Ronaldo Caiado e a primeira-dama Gracinha Caiado.

A deputada federal Flávia Morais é uma espécie de “rainha do voto” — sempre bem votada para deputada federal, faça chuva ou faça sol. Sua base eleitoral fica em Trindade, mas é uma das poucas políticas que tem votos praticamente em todo o Estado. Portanto, somaria, e muito, para Daniel Vilela.

A deputada estadual Zeli Fritsche é um dos nomes sólidos do Entorno de Brasília. Sua base político-eleitoral fica em Valparaíso de Goiás — uma das cidades com mais eleitores do Estado — e conta com o apoio de prefeito Marcus Vinicius (MDB), do secretário do Entorno do Distrito Federal, Pábio Mossoró (MDB), e do deputado federal Célio Silveira (MDB). Não tem arestas na região.

No caso de se pensar em fortalecer Daniel Vilela a partir do Entorno de Brasília, uma das regiões que mais tem eleitores de Goiás, Zeli Fritsche pode acabar sendo o nome para vice.

O fato é que, apesar das especulações — típicas do jornalismo político —, não há nada decidido. Os jogos não estão armados. Estando sendo armados. (E.F.B.)