Emedebistas elencam razões em defesa de aliança entre Daniel Vilela e Caiado

14 março 2021 às 00h00

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Emedebista diz que, se não aceitar a vice de Ronaldo Caiado, o presidente do MDB “vai ficar falando sozinho”
O Jornal Opção ouviu cinco emedebistas. Dois são políticos experimentados, ainda que sem mandato, e três são da jovem guarda do MDB. A todos fez a mesma pergunta: qual é o futuro político de Daniel Vilela, presidente do MDB e ex-deputado federal?
Todos admitem que Daniel Vilela pode ser candidato a governador com o objetivo de “marcar posição” e “contribuir para eleger uma bancada de deputados federais”. Mas ressalvam que o “caminho racional” é uma composição com o governador Ronaldo Caiado (DEM), como vice. A seguir a versão de cada um.

Versão 1
“Daniel não tem saída. Se não for vice de Ronaldo Caiado, vai ficar falando sozinho.”
Versão 2
“Uma disputa para governador, sobretudo quando se enfrenta um governador bem avaliado, como Ronaldo Caiado, exige uma composição sólida, com forte enraizamento político-eleitoral em todo o Estado. Daniel tem o MDB, mas não há com quem coligar. Uma aliança com Marconi Perillo, no lugar de elevá-lo, vai puxá-lo para baixo.”
Versão 3
“É evidente que, a um ano e seis meses das eleições, não é tempo de se fechar uma aliança. Por isso, é racional que Daniel continue sugerindo que será candidato a governador.”
Versão 4
“Me falaram que há resistência, entre os aliados de Ronaldo Caiado, ao nome de Daniel. Pode ser. Mas, para o governador, manter o jovem político ao seu lado será um ato de alta inteligência política, pois minará, de vez, toda a oposição. Sem Daniel, os políticos das oposições vão se reagrupar em torno do nada.”
Versão 5
“Fechar uma aliança com Ronaldo Caiado, para vice, será um ator de inteligência de ambos. Caiado tira do páreo o único oposicionista consistente. Daniel, assumindo a vice, acabará por ser governador em 2026, quando Caiado, se reeleito em 2022, deixar a gestão para disputar mandato de senador. O realismo sugere, portanto, uma composição entre o MDB e o DEM. Ressalto que Daniel, por sua experiência política, não está mais na idade de ficar disputando eleição para marcar posição. Se for candidato a governador em 2022, e se perder, ficará oito anos fora do poder.”
Os cinco emedebistas aceitaram conversar com o repórter em off. Um deles explica o motivo: “Não há nada a esconder. Mas a minha posição e a dos colegas que você ouviu pode não ser exatamente a de Daniel Vilela como presidente do MDB. Como liderados, devemos acatar o que tem sugerido, ou seja, que, no momento, vai manter sua pré-candidatura a governador”.