Eleitores concluem que só há um candidato a prefeito de Goiânia, Iris Rezende

08 dezembro 2019 às 00h00

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Pesquisas sugerem que, exceto Vanderlan Cardoso, eleitores ainda não avaliam com atenção adversários do prefeito emedebista
Partidos políticos estão encomendando pesquisas para avaliar como estão seus pré-candidatos a prefeito em Goiânia. Como são úteis tão-somente para balizar planos de campanha e de governo, os líderes partidários preferem, quase sempre, não divulgá-las. O Jornal Opção teve acesso a três pesquisas de institutos respeitáveis (uma quarta foi divulgada na semana passada).

Todas as pesquisas mostram quadro parecidos. As qualitativas são mais caras e raramente são encomendadas, por isso há uma opção pelas semi-qualitativas. As quantitativas, todas elas, mostram cenário idêntico: se a eleição fosse hoje, o prefeito Iris Rezende, do MDB, seria eleito — talvez até no primeiro turno.
As quantis indicam que o grande rival de Iris Rezende é o senador Vanderlan Cardoso (numa delas, não divulgada, o senador Jorge Kajuru, do Cidadania, também aparece muito bem). Mas o integrante do Progressistas afirma que não será candidato em 2020 — resguardando-se para 2022, quando pretende disputar o governo do Estado de Goiás.

Maguito Vilela, do MDB, aparece bem em todas as pesquisas e, curiosamente, a maioria dos eleitores não se lembra que foi governador de Goiás, e sim que foi prefeito de Aparecida de Goiânia. O recall positivo na cidade vizinha o credencia para gerir Goiânia — apontam os eleitores consultados.
Mas Iris Rezende abriria espaço para Maguito Vilela? Não se sabe. Amigos e aliados históricos, os dois não falam a respeito. Aliados do prefeito apostam que vai disputar a reeleição. Eles admitem que o decano emedebista gostaria de Maguito Vilela como vice — no caso de uma chapa puro-sangue.
Cinco políticos jovens — Elias Vaz (PSB), Cristina Lopes (quase-PL), Adriana Accorsi (PT), Major Araújo (PSL) e Francisco Júnior (PSD) — devem disputar a Prefeitura de Goiânia. Eles não aparecem bem nas pesquisas. Quando muito, caso de Elias Vaz, chegam a no máximo 6 a 7% das intenções de voto. Curiosamente, embora já tenham disputado eleição na capital, não são conhecidos da maioria dos eleitores. Mesmo aqueles que os conhecem não têm informação de que pretendem disputar a prefeitura. Mas, quando os nomes são apontados, embora a avaliação deles não cresça muito, são avaliados como qualitativos.
As qualis mostram que os eleitores goianienses não estão insatisfeitos com Iris Rezende. Eles dizem que o prefeito não é criativo, mas é sério e responsável. Por isso não querem trocá-lo por qualquer candidato, sobretudo sem experiência — daí o fato de o único, no momento, que se aproxima de (e até empata com) Iris Rezende é Vanderlan Cardoso — que, além de ser senador, foi prefeito de Senador Canedo e candidato a governador duas vezes.
As qualis explicitam que há um “desejo de mudança”, a aspiração por alguém que consiga modernizar a cidade — organizando, por exemplo, o trânsito e o transporte coletivo, além de melhorar o atendimento no setor de saúde —, mas os eleitores sugerem que ainda não há nenhum candidato que encarne o “espírito da mudança com responsabilidade”.
A rigor, neste momento, os eleitores sugerem — com a exclusão de Vanderlan Cardoso, que não será candidato — que só há um “candidato” a prefeito de Goiânia. Trata-se de Iris Rezende. Os outros são vistos, quando são, como quase-candidatos. A campanha pode mudar o quadro? Talvez.