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Articulador de primeira linha, Romário Policarpo é apontado como o favorito. Mas ele pode bancar um candidato de seu grupo

Quando a eleição para prefeito é muito acirrada, com os ânimos exaltados, o clima também costuma chegar à Câmara Municipal de Goiânia, na disputa pela presidência.

Romário Policarpo, presidente da Câmara Municipal | Foto: Jornal Opção

Uma vitória da chapa Maguito Vilela (MDB) e Rogério Cruz (Republicanos) levará, certamente, um aliado para o comando da Câmara. O nome mais provável é o de Romário Policarpo, do Patriota, que é respeitado pelos atuais vereadores, mas não é inteiramente conhecido pelos novos. O que mais se ouve do “habilidoso” Romário: “É firme, posicionado em defesa da casa e cumpre acordos”. Mas há quem aposte que, no lugar de disputar, pode bancar o nome de um aliado. O presidente atual do Poder Legislativo é aliado de Maguito Vilela e ligado ao presidente do Patriota, Jorcelino Braga.

No caso de vitória de Vanderlan Cardoso (PSD), o nome mais cotado para assumir a presidência é o de Sabrina Garcez, sobrinha de Wladmir Garcez Henrique.

Sabrina Garcêz: nome forte do PSD | Foto: Augusto Diniz/Jornal Opção

No caso de Sabrina Garcez conseguir se eleger, mesmo com Maguito Vilela na prefeitura, a Câmara tenderá a se comportar como uma casa de oposição. No caso de Romário Policarpo, ou de um aliado bancado por ele, a tendência é uma câmara alinhada com o Paço Municipal, o que não quer dizer, necessariamente, que será submissa. Na gestão de Romário Policarpo, a Câmara não faz oposição ostensiva à gestão do prefeito Iris Rezende, mas permanece altiva, numa relação considerada respeitosa e autônoma.

A disputa será entre os aliados de Maguito Vilela (ou de Vanderlan Cardoso) contra os que, teoricamente, farão oposição. Uma Câmara com Sabrina Garcez (PSD) no comando fará oposição, com Romário Policarpo (ou um de seus aliados) será situação.

Clécio Alves: nome cotado pelo MDB | Foto: Alberto Maia

Por que ao menos seis vereadores querem presidir a Câmara? Primeiro, porque seu orçamento mensal é de 12 milhões de reais — o que confere muito poder ao dirigente do Legislativo. Segundo, aumenta o poder e a visibilidade do presidente.

Com seis vereadores eleitos, o MDB pode pleitear a presidência da Câmara. Há três nomes cotados, Anselmo Pereira, Clécio Alves e Kleybe Morais. O problema de Anselmo Pereira é a resistência ao seu nome. A maioria dos vereadores o chama de “Professor de Deus” e sustenta que joga para si, e não para todos. Entre ele e Clécio Alves, ficam com o segundo. Kleybe corre por fora.

No caso de vitória de Maguito Vilela, há também a possibilidade de o vereador mais votado do pleito deste ano, Isaías Ribeiro, do Republicanos — o partido do vice —, disputar a eleição.

Isaías Ribeiro: a aposta do Republicanos | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção

O deputado federal Glaustin da Fokus, do PSC, está operando na Câmara Municipal. O parlamentar articula quatro nomes: Sabrina Garcez, Wellington de Bessa Oliveira (DC), Leandro Sena (Republicanos) e Léia Klébia (PSC). “Bessa é o preferido do Glaustin”, afirma um vereador. “O segundo nome do deputado é a reeleita Léia Klébia, por ser evangélica.”

O vereador eleito Santana Gomes, que já foi vereador e deputado estadual, corre por fora. Mas um vereador sustenta que ele já tem, no momento, de quatro a seis votos.

Uma coisa é certa: o prefeito tem influência na Casa, mas é relativa. Às vezes nem mesmo o experimentado Iris Rezende consegue fazer o presidente. Os vereadores mais experimentados jogam com grande habilidade — e o jogo passa por Romário Policarpo — e a tendência é que a escolha seja mesmo da Casa, e não do Paço Municipal.