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O senador Vanderlan Cardoso, do PSD, vai ser candidato a prefeito de Goiânia. O deputado federal Gustavo Gayer, do PL, vai ser candidato a prefeito da capital. Em 2024 — daqui a um ano e quatro meses.

Porém, observadores que acompanham os ânimos do senador e do deputado ficam com a impressão de que serão candidatos não a prefeito, e sim a “bater” um no outro. As palavras de Vanderlan Cardoso sobre Gustavo Gayer são as mais duras possíveis. Recentemente, um político sugeriu que buscasse uma recomposição com o deputado do PL. O senador fechou a cara e teria dito que é impossível. O membro do PL é visto como uma espécie de “demônio” pelo entorno do líder do PSD, que é evangélico da Assembleia de Deus.

Jair Bolsonaro e Wilder Morais: o goiano entendeu o recado do ex-presidente | Foto: Divulgação

No círculo da direita radical prevalece a tese de que Vanderlan Cardoso, em defesa de seus interesses, “lulou”. Chega-se a comentar que o senador pode oferecer a vice em Goiânia para o ex-reitor Edward Madureira, do PT. PSD e PT já estão unidos no governo federal. Um petista admite que “a composição é possível”.

De acordo com um aliado de Vanderlan Cardoso, Gustavo Gayer estaria organizando um dossiê para “bater” em Vanderlan, em tempo integral, daqui para frente.

Lula da Silva e Vanderlan Cardoso: o senador manteve um aliado na Codevasf | Fotos: Reproduções

Consta que, num primeiro momento, o senador Wilder Morais (presidente estadual o PL) — cuja primeira suplente é Izaura Cardoso, mulher de Vanderlan Cardoso — tentou apaziguar os ânimos. Porém, o ex-presidente Jair Bolsonaro interferiu e ficou ao lado de Gustavo Gayer, bancando-o, inclusive, para o comando do PL metropolitano. Bolsonaro não quer aliança com Vanderlan. É definitivo. O presidente do estadual do partido entendeu, rapidinho, o recado — tanto que entregou o comando do PL metropolitano para o aguerrido deputado. E sem delongas. “No PL, o de Gustavo Gayer, o nome de Vanderlan Cardoso é um palavrão”, postula um aliado do bolsonarista-raiz.

As direitas estão em guerra em Goiânia. E a guerra vai crescer. Se brincar, vira “ucraniana”.